Brasil, 25 de dezembro de 2025
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Disputa ao Senado em 2026: definições que moldam o futuro político

Definida como prioridade pelo PT, juntamente com a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a disputa pelo Senado em 2026 começa a se delinear, especialmente entre os partidos da esquerda. Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), estabeleceu novas regras para os pedidos de impeachment de ministros da Corte, uma decisão que rapidamente ganhou repercussão e trouxe à tona a importância do Senado, visto como um bastião de poder pelos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Senado como prioridade para o PT

Conforme uma diretriz aprovada pela executiva nacional do PT, “o Senado deve ser tratado como prioridade, uma vez que sua composição será determinante para a aprovação de reformas estratégicas”. Com isso, o partido está buscando acordos com siglas como PSB, MDB, PSD e PDT, avaliando o potencial de lançamentos de candidaturas próprias conforme as pesquisas em diferentes regiões. Essa mobilização reflete a urgência de fortalecer a bancada senatorial para garantir a governabilidade e o avanço de leis importantes no país.

Entre os bolsonaristas, a controvérsia se concentra no controle das decisões do STF, já que o Senado detém a prerrogativa de aprovar impeachment de ministros. A pressão por uma reforma da Lei do Impeachment, que remonta a 1950, está em pauta para o próximo ano, o que intensifica ainda mais a disputa pelo Senado.

Movimentos estaduais na corrida pelo Senado

A situação dos partidos de esquerda, especialmente no Rio Grande do Sul, mostra avanços significativos. O PT firmou um acordo com o PSOL para tentar eleger o deputado federal Paulo Pimenta (PT) e Manuela D’Ávila (PSOL) às vagas atualmente ocupadas por Paulo Paim (PT), que se aposentará, e Luís Carlos Heinze (PP), um senador com forte apoio no agronegócio bolsonarista. Com a renovação de dois terços do Senado no próximo ano, a disputa promete ser acirrada e estratégica.

No estado, Pimenta, que comandou um ministério extraordinário durante a crise das enchentes, e Manuela, ex-vice na chapa presidencial em 2018, são vistos como candidatos com forte potencial. O PT também deve lançar Edegar Pretto como candidato ao governo, buscando atrair a ex-deputada Juliana Brizola (PDT) para a chapa.

Desafios na Bahia e em Pernambuco

Em outras regiões, como a Bahia, o PT enfrenta um impasse ao tentar articular uma candidatura dupla ao Senado, apostando em figuras proeminentes como o senador Jaques Wagner e o ministro Rui Costa. A possibilidade de um racha na base governista, com o PSD ameaçando apoiar a candidatura do ex-prefeito ACM Neto, complica a situação.

Em Pernambuco, a prioridade do PT é reeleger o senador Humberto Costa, mas o partido também está em negociações com partidos como PSB e PSD para discutir a outra vaga ao Senado. O plano é intensificar a mobilização a partir de janeiro, visando fortalecer a presença no Senado para evitar retrocessos nas conquistas democráticas.

A indefinição em Minas Gerais e São Paulo

Minas Gerais é outro estado crucial na estratégia do PT, embora a falta de definição sobre o candidato ao Senado e à presidência do estado permaneça. Enquanto o presidente Lula expressou preferência por Rodrigo Pacheco (PSD), o PT cogita apoiar Marília Campos, prefeita de Contagem. No entanto, a escolha final dependerá das condições eleitorais em torno do governo estadual.

Em São Paulo, a situação é igualmente nebulosa. A definição de candidaturas ao Senado está atrelada às estratégias da direita, com o PT considerando a possibilidade de lançar Geraldo Alckmin ou Fernando Haddad, enquanto também avalia apoiar Simone Tebet (MDB), dependendo das movimentações políticas do MDB nos próximos meses.

Considerações finais

À medida que a disputa pelo Senado em 2026 se aproxima, as articulações entre os partidos de esquerda estão se intensificando, buscando consolidar alianças e definir candidaturas que possam garantir um avanço nas reformas necessárias ao Brasil. A mobilização em torno dessas candidaturas não se limita apenas ao fortalecimento do Senado, mas também é uma estratégia para prevenir o crescimento de tendências autoritárias que ameaçam a democracia no país.

O cenário político promete ser dinâmico e desafiador, e a forma como as diferentes forças se articularem nos próximos meses terá impactos significativos para o futuro político do Brasil.

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