Brasil, 24 de dezembro de 2025
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Tradicional marcha pela paz é retomada em Belém após guerra

A cidade natal de Jesus, Belém, retomou sua tradicional Marcha pela Paz, realizada pela Custódia da Terra Santa, após dois anos de interrupção devido à guerra. O evento que ocorreu na segunda-feira, 22 de dezembro, trouxe novamente esperança às crianças palestinas, que ao lado de jovens cristãos e muçulmanos, marcharam pelas ruas com faixas que clamavam: “Vamos espalhar a paz, proteger a inocência” e “Uma criança sem guerra… um futuro cheio de esperança”. Padre Ibrahim Faltas, representante da Custódia, destacou a importância do ato em um momento tão delicado da região.

Um sinal de esperança em tempos difíceis

Padre Ibrahim Faltas expressou a relevância da retomada da marcha, que se tornou um símbolo de esperança para os habitantes da região. “Em 2025, decidimos retomar a marcha. Depois de dois anos sem árvores de Natal e sem festas, queríamos trazer o sorriso de volta às crianças”, disse o padre. Ele mencionou que, enquanto as crianças de Belém não sofreram tanto quanto as de Gaza, muitas também vivenciaram o desemprego de seus pais e a migração forçada de suas famílias. “Não queremos desistir. Desejamos que a vida retorne e que os peregrinos voltem a Belém.”

Padre Ibrahim Faltas entre as crianças da marcha

Padre Ibrahim Faltas entre as crianças da marcha

Reacendendo sorrisos e esperança

Há mais de 25 anos, a Marcha pela Paz faz parte da cultura local, originando-se do projeto “Crianças sem Fronteiras”, que ensina jovens de diferentes religiões a conviver e respeitar. Atualmente, cerca de 600 jovens participam dessas iniciativas nas áreas de Belém e regiões vizinhas. “Desde o início, foi um projeto aberto a todas as crianças. Acreditamos que a paz nesta Terra é possível”, declarou Faltas. Ele enfatizou que a mensagem desta marcha, que busca reacender sorrisos, é ainda mais potente em contextos de sofrimento.

A paz como promessa concreta

O padre Raffaele Tayem, pároco da Igreja Latina em Belém, reforçou a ideia de que a paz é uma promessa a ser cumprida e não simplesmente uma palavra vazia. Para ele, a esperança não decepciona e reflete ações concretas: “Não podemos nos acostumar com o mal ou normalizar a guerra.” As direções do Jubileu da Esperança visam estimular este chamado à reconciliação global e à sempre necessária ajuda às famílias locais. “A crise na região não se resolvesse apenas com o silêncio das armas, mas sim com a cura das feridas e o resgate da dignidade humana”, ressaltou Tayem.

A Marcha das crianças chega à Praça da Manjedoura

A Marcha das crianças chega à Praça da Manjedoura

Caminho de reconciliação e dignidade

De acordo com Padre Tayem, a paz vai além da ausência de conflitos; envolve um compromisso com a dignidade humana. Ele aborda a necessidade do respeito à história e à identidade de cada indivíduo: “A paz nasce quando o outro é reconhecido como uma pessoa, não como um inimigo.” Essa visão foi central na marcha, que se propôs a lembrar o mundo que a paz deve ser uma construção coletiva em favor de todos, especialmente das novas gerações que merecem um futuro melhor.

Assim, a Marcha pela Paz em Belém simboliza não apenas um retorno às tradições, mas um apelo profundo por um futuro mais pacífico, onde as crianças tenham o direito de sorrir e viver sem medo. Com este espírito, os participantes reinauguram a esperança na Terra Santa, que por tanto tempo tem testemunhado o sofrimento e a luta pela paz.

Para mais informações, acesse a [Fonte](https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2025-12/belem-volta-marcha-paz-criancas-terra-santa-respeito-gaza-jesus.html).

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