Brasil, 24 de dezembro de 2025
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Síria celebra o Natal com esperança após anos de sofrimento

Em meio a um cenário de esperança, diversas regiões da Síria comemoraram o Natal neste ano, expressando o desejo de reconciliação e renascimento após anos de conflito e dificuldades. As celebrações ocorreram pouco após a revogação da Lei Caesar, sancionada pelos Estados Unidos, que impunha sanções ao país e dificultava a recuperação econômica.

Festividades que simbolizam esperança na Síria

Uma das principais manifestações foi o carnaval de Natal organizado pelo Escoteiro Melquita Romano-Olivé, na cidade de Damasco antiga. A procissão passou pelas ruas históricas da capital, com participação de centenas de pessoas, figuras de Natal feitas à mão, veículos decorados, apresentações de bandas de metais e exibição de bandeiras religiosas e nacionais, tendo como objetivo “plantar alegria no coração das crianças e promover a paz”, conforme afirmou o arcebispo Michel Deirani, ao portal ACI MENA.

A celebração também alcançou outras regiões, como a vila de Qinniyeh, no campo de Idlib, que pela primeira vez em 14 anos acendeu sua árvore de Natal e montou o Presépio. Em Tartous, foi inaugurado um mercado natalino, promovido por iniciativa civil, reforçando o espírito de união e esperança do povo sírio.

Corais e manifestações de fé

O Coro da Alegria, composto por diferentes faixas etárias, continuou realizando suas tradicionais noites de hinos em Damasco e Yabroud, deixando uma marca positiva entre os presentes, incluindo o representante da União Europeia na Síria, Michael Ohnmacht, que elogiou o grupo por refletir “a verdadeira imagem da Síria”.

Por outro lado, ocorreram incidentes de preocupação, como a queima de uma árvore de Natal no bairro de Al-Adawiya, em Homs, e uma tentativa de incêndio em Al-Qusayr, além do roubo de uma estátua de bronze de São Paulo, em Bab Kisan. Essas ações ameaçam a sensação de paz e a alegria durante a época festiva.

Contexto religioso e político

Antes do Natal, a Igreja também prestou homenagem aos mártires. O Patriarca João X Yazigi, da Igreja Ortodoxa Grega de Antioquia, visitou a Igreja de Mar Elias, em Doueiê, que havia sido alvo de um ataque, para acompanhar as obras de reconstrução. Apesar da revogação da Lei Caesar, o país ainda permanece sob vigilância dos Estados Unidos, especialmente em questões de combate ao terrorismo e proteção às minorias religiosas.

Na Câmara dos Deputados dos EUA, 134 membros do Partido Republicano assinaram uma declaração reafirmando o compromisso de monitorar as ações do novo governo sírio, enfatizando que violações contra cristãos e outros grupos minoritários não podem mais ocorrer.

Perspectivas para o futuro

Apesar dos avanços, a situação da Síria ainda exige atenção internacional. A retomada de celebrações como o Natal é vista como um sinal de esperança por parte da população, que busca reconstruir suas vidas e fortalecer seus laços religiosos e civis, mesmo com os desafios em relação à segurança e estabilidade.

Mais detalhes sobre as festividades e o contexto político podem ser encontrados na fonte original.

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