No início da manhã desta quarta-feira (24), o policial militar Belck Viana Thomaz, de 39 anos, foi assassinado no Engenho Novo, Zona Norte do Rio de Janeiro, durante uma tentativa de assalto. O incidente ocorreu em uma área conhecida como Buraco do Padre, onde o sargento foi abordado por criminosos em uma motocicleta. A Polícia Civil já prendeu um suspeito envolvido no crime, que confessou ter disparado contra o policial.
A tentativa de assalto
A ação criminosa aconteceu por volta das 6h30, quando o sargento Belck foi abordado enquanto estava em seu deslocamento diário. Os criminosos, armados e em uma motocicleta, tentaram roubar o policial, que reagiu à abordagem. Durante o confronto, Belck foi baleado na perna, uma lesão que levou ao rompimento da artéria femoral, provocando uma hemorragia fatal
Apesar de ter sido socorrido imediatamente, o sargento não resistiu aos ferimentos e veio a falecer. As circunstâncias em que o crime ocorreu evidenciam a crescente violência enfrentada pelas forças de segurança no estado.
A prisão do suspeito
Após o crime, informações de inteligência da polícia levaram à captura de um suspeito que foi internado em um hospital devido a ferimentos provocados pela troca de tiros. O homem foi identificado e confessou o ataque ao policial, sendo autuado em flagrante. A polícia agora investiga a identidade do segundo envolvido no crime, que estava pilotando a motocicleta utilizada na ação.
Um dia trágico para a PM
O assassinato do sargento Belck não é um caso isolado. Em um curto espaço de tempo, o Rio de Janeiro assistiu à perda de dois policiais militares. No dia anterior, Flávio Ferreira Matias, PM reformado de 53 anos, foi morto em Padre Miguel, Zona Oeste da cidade. Ele foi cercado por criminosos e executado a tiros enquanto aguardava um amigo em seu veículo.
Esse cenário alarmante reflete um problema crônico da segurança pública no estado, onde a vida dos policiais está constantemente ameaçada. Até o momento, as investigações em relação à morte de Flávio ainda não apontaram um desdobramento concreto, como identificação ou prisão dos responsáveis. Ambos os casos reforçam a urgência de um debate nacional sobre a segurança no Brasil.
A resposta das autoridades
A Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro se manifestou sobre os dois assassinatos e reafirmou o compromisso de intensificar a busca por justice. “A polícia está empenhada em localizar todos os envolvidos nas mortes dos nossos policiais. A violência contra agentes de segurança não será tolerada”, afirmou um porta-voz da secretaria.
O contexto da violência contra policiais no Brasil
Os ataques a policiais militares se tornaram uma triste realidade no Brasil, especialmente no Rio de Janeiro, que vive um estado de insegurança constante. Entre as diversas razões que impulsionam esse cenário estão a corrupção, o tráfico de drogas e a falta de políticas públicas eficazes para garantir a segurança dos agentes de segurança. Especialistas alertam que a situação só tende a piorar a menos que ações efetivas sejam implementadas.
Inclusive, uma pesquisa recente revelou que a percepção de insegurança aumentou entre a população fluminense, levantando questionamentos sobre a capacidade do Estado em proteger tanto a população civil quanto as forças de segurança. Com essa onda de crimes, muitos policiais se sentem desmotivados e ameaçados em suas atribuições diárias, o que pode afetar também o desempenho das forças de segurança pública.
O clamor por justiça
Com a morte de Belck e Flávio, o sentimento de indignação e tristeza se espalha entre os membros das forças armadas e a população em geral. O clamor por justiça e medidas que garantam a segurança de todos é mais forte do que nunca. Os enterros dos policiais estão sendo monitorados, e homenagens estão sendo prestadas, destacando a importância do trabalho de proteção que essas pessoas realizam diariamente, colocando suas vidas em risco em prol da segurança da sociedade.
As investigações continuam, e a esperança é que as autoridades consigam dar respostas rápidas e efetivas para que tragédias como essas não se repitam, trazendo mais paz e segurança para o estado do Rio de Janeiro.

