Brasil, 24 de dezembro de 2025
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Polícia de Campinas prende traficante internacional conhecido como Puff

No último dia 23, a Polícia Civil de Campinas prendeu Adriano Pereira Cosmo, conhecido como Puff, de 44 anos. Ele é considerado um dos principais chefes de uma organização criminosa que opera tanto em diversos estados brasileiros, como São Paulo, Sergipe, Bahia, Mato Grosso e Minas Gerais, quanto em outros países da América do Sul, incluindo Colômbia, Bolívia e Paraguai. A prisão ocorreu em Paranapanema, onde o traficante teria planejado passar as festividades de Natal e Ano Novo escondido.

Histórico de operações e investigações

Puff foi alvo da Operação Nômade, desencadeada pela Polícia Civil de Minas Gerais em 2022, que buscava desarticular sua quadrilha. Apesar das investigações, ele conseguiu escapar na ocasião e permaneceu foragido até ser capturado pela Polícia Civil de Campinas. A investigação teve início no final de 2021, quando a Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou apreensões substanciais de drogas que estavam ligadas às atividades de Puff. Entre as apreensões destacam-se:

  • Outubro de 2021: 1,3 tonelada de maconha e 40 quilos de cloridrato de cocaína apreendidos em Umbaúba, Sergipe.
  • Novembro de 2021: 428 kg de cloridrato de cocaína, misturada com polietileno, foram encontrados em um caminhão em Sarzedo, Minas Gerais.
  • Setembro de 2022: Apreensão de 1,2 tonelada de cloridrato de cocaína em São José de Mipibu, Rio Grande do Norte.
  • Outubro de 2022: 1,1 tonelada de cocaína apreendida em Montes Claros, Minas Gerais.

Os mandados de prisão preventiva de Puff foram expedidos em Minas Gerais e Paraná, relacionados a crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. Desde 2023, ele estava foragido.

Modus operandi da quadrilha

O delegado Thiago Machado, que chefiava a Divisão Especializada de Combate ao Narcotráfico de Minas Gerais, descreveu o modo de operação da organização criminosa. Eles recrutavam motoristas sazonais oferecendo caminhões para o transporte de cargas ilícitas, em troca de parcelas que deveriam ser pagas através de serviços de frete. Essa estratégia tornava os caminhoneiros reféns do tráfico, pois eles ficavam endividados com a organização.

A quadrilha utilizava cargas legais para ocultar substâncias ilícitas, tornando as atividades muito mais complexas de serem rastreadas pelas autoridades. Com essa abordagem, os criminosos não apenas transportavam drogas, mas também manipulavam o mercado de transporte de cargas lícitas, o que dificultava as investigações e a identificação das operações criminosas.

Táticas de evasão e captura

Em um esforço para escapar da justiça, Puff chegou a utilizar documentos de identidade de um irmão e forjar uma certidão de óbito, na tentativa de simular sua própria morte. Essa tática representa o nível de audácia deste criminoso, que já havia sido considerado um dos mais procurados do Brasil.

Na ocasião de sua prisão, os policiais apreenderam não apenas telefones celulares, mas também dois veículos que podem ter sido utilizados nas operações do tráfico. Entretanto, para garantir a segurança do detido, a Polícia Civil optou por não divulgar o local onde ele ficará detido antes de sua transferência para o estado de Sergipe.

Operação conjunta e o futuro das investigações

A prisão de Puff resultou de uma operação conjunta entre a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas e a Polícia Civil de Sergipe. Com a prisão de um dos principais traficantes do Brasil, as autoridades esperam desmantelar a estrutura da organização criminosa e interromper suas operações em larga escala.

A captura de Puff é um importante passo no combate ao tráfico de drogas no Brasil, que continua a ser um dos principais desafios enfrentados pelas forças de segurança pública. À medida que novas investigações são iniciadas, a busca por outros membros da quadrilha deve intensificar-se, visando trazer à justiça todos os envolvidos nas atividades criminosas.

Com as ações da polícia, espera-se que a sensação de segurança aumente nas regiões afetadas e que a população possa celebrar as festas de fim de ano com menos preocupações em relação à criminalidade.

Para mais detalhes sobre a operação e o histórico de Adriano Pereira Cosmo, acesse a matéria completa através do g1.

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