Brasil, 24 de dezembro de 2025
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O que foi divulgado e o que foi censurado nos novos arquivos de Epstein

Na última semana, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos publicou uma nova série de documentos relativos ao caso Jeffrey Epstein, incluindo referências ao presidente Donald Trump. No entanto, uma análise revela que várias informações permanecem ocultas por razões legais, levantando questionamentos sobre o grau de transparência na investigação.

Redações e limitações na divulgação dos arquivos

Os novos arquivos do caso Epstein foram parcialmente censurados, com páginas inteiras completamente blacked out. A justificativa oficial é a proteção da privacidade das vítimas e de suas famílias, conforme determina a legislação vigente. Segundo o DOJ, a publicação completa dos documentos foi adiada além do prazo previsto, para garantir o cumprimento dessas proteções legais.

Apesar de a Lei de Transparência dos Arquivos Epstein estabelecer que o governo não deve reter informações por motivos de embaraço ou por sensibilidade política, o departamento afirmou que está redigindo apenas o que é estritamente necessário, excluindo nomes de vítimas, menores e informações privilegiadas. Importante destacar que nenhum nome de figuras públicas ou políticamente expostas foi removido até o momento.

Quem teve nomes censurados?

Algumas referências a promotores federais e agentes de investigação também estão em sigilo nos documentos. Entre eles, o nome do então procurador dos Estados Unidos na Flórida, Alex Acosta, que aprovou um acordo controverso em 2008 para evitar que Epstein fosse processado federalmente. Acosta não teve seu nome redigido nos documentos.

Reações criticaram a seleção das informações censuradas, especialmente por ocultar nomes de possíveis decisores em investigações passadas. Entretanto, é comum que nomes de agentes de carreira sejam redigidos por questões de privacidade, prática comum em solicitações de acesso a informações governamentais.

Nomes de co-conspiradores e conexões relevantes

Parte das comunicações internas do FBI de 2019 também teve nomes de co-conspiradores censurados, embora alguns nomes famosos, como Ghislaine Maxwell, Wexner e Brunel, tenham sido preservados. Uma mensagem de julho de 2019, com o assunto “Co-conspiradores”, redigiu nomes de indivíduos suspeitos de envolvimento em crimes semelhantes aos de Epstein, logo após sua prisão por tráfico sexual de menores.

Questões sobre transparência e futuras liberações

O atraso na divulgação completa dos arquivos e as censuras aplicadas geraram críticas de organizações de apoio às vítimas, que consideram as informações atualmente acessíveis excessivamente filtradas e insuficientes. O Departamento de Justiça afirmou que continuará revisando, possivelmente removendo novos trechos dos documentos nas próximas semanas, enquanto promete seguir os limites legais de divulgação.

Especialistas apontam que a liberação total dessas informações é fundamental para compreender o grau de envolvimento de figuras influentes e avançar na Justiça. A expectativa é de que novos arquivos, ainda parcialmente censurados, possam ser publicados em breve, sempre respeitando as limitações legais e o direito das vítimas à privacidade.

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