Brasil, 24 de dezembro de 2025
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Fuga de detentos em Minas Gerais: CNJ esclarece uso fraudulento de credenciais

No último mês, um incidente grave no sistema prisional de Belo Horizonte, Minas Gerais, chamou a atenção das autoridades e da população. A fuga de quatro presos, que apresentaram alvarás de soltura falsificados, levantou questões sobre a segurança dos sistemas judiciais no país. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) emitiu uma nota oficial para esclarecer a situação e garantir que não houve qualquer falha estrutural nos seus sistemas.

Entenda o caso da fuga

De acordo com informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), no dia da fuga, um dos quatro fugitivos foi recapturado, mas os outros três permanecem foragidos. A nota do CNJ especifica que não houve invasões nos sistemas; em vez disso, foi constatado que os detentos utilizaram credenciais legítimas de forma fraudulenta, obtidas ilícitamente, para acessar os documentos necessários para escapar.

As investigações preliminares indicam que a fraude foi orquestrada por um hacker que já se encontrava preso, e que havia sido alvo de uma operação em dezembro, quando se suspeitava de sua participação em invasões nos sistemas do CNJ. A manipulação dos sistemas incluía alterações em mandados de prisão e alvarás de soltura, como também o uso indevido de credenciais associadas a magistrados e funcionários do TJMG.

A resposta das autoridades

Em resposta à fraude, o TJMG afirmou que todas as ordens judiciais irregulares foram identificadas e canceladas em um período inferior a 24 horas. As forças de segurança, tanto estaduais quanto federais, foram acionadas para a recaptura dos foragidos. Contudo, a unidade prisional de onde os presos escaparam não foi divulgada, assim como a data específica da fuga.

Identificação e recaptura dos fugitivos

Os fugitivos identificados são :

  • Ricardo Lopes de Araujo – entrou no Ceresp Gameleira em 10 de dezembro de 2025, com duas passagens pelo sistema desde 2016.
  • Wanderson Henrique Lucena Salomão – também deu entrada no Ceresp Gameleira em 10 de dezembro de 2025, e possui três passagens desde 2016.
  • Nikolas Henrique de Paiva Silva – que se encontra no sistema pela primeira vez desde 10 de dezembro de 2025.
  • Júnio Cezar Souza Silva – igualmente detido no Ceresp Gameleira em 10 de dezembro de 2025 e com três passagens pelo sistema desde 2020. Este último foi recapturado na noite de 22 de dezembro.

Nota do CNJ sobre a segurança dos sistemas

O CNJ, em sua nota oficial, assegurou que “não houve invasão ou violação estrutural” nos sistemas judiciais que administra. A entidade enfatizou que as falhas identificadas dizem respeito ao uso fraudulento de credenciais legítimas. O CNJ supervisiona constantemente situações desse tipo e possui procedimentos de controle estabelecidos. Até o momento, não há quaisquer indícios de falhas sistêmicas ou envolvimento de servidores públicos nesses atos fraudulentos.

O CNJ reafirma que mantém um contínuo aprimoramento dos protocolos de segurança dos seus sistemas, além de trabalhar em colaboração com outras instituições responsáveis para garantir a integridade dos processos judiciais em todo o país.

Conclusão

A fuga dos detentos em Minas Gerais é um lembrete preocupante sobre a vulnerabilidade do sistema prisional e da necessidade de melhorias contínuas na segurança da informação. O CNJ e o TJMG se comprometeram a agir rapidamente para evitar que incidentes semelhantes ocorressem no futuro e garantir a eficácia das medidas de controle existentes.

As autoridaades continuam trabalhando para recapturar os foragidos e investigar a fundo as circunstâncias que levaram a esta audaciosa fuga, buscando assim reforçar a segurança do sistema judicial no Brasil.

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