Brasil, 24 de dezembro de 2025
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Balconista de Iracemápolis perde movimentos e fala após cirurgia estética

Uma tragédia marcou a vida de Eliete Regina de Aquino, uma balconista de 35 anos de Iracemápolis, interior de São Paulo. Após realizar cirurgias plásticas na clínica Hospital da Plástica em Limeira, Eliete não consegue mais se movimentar, falar ou enxergar, levando sua família a buscar justiça e respostas sobre o que realmente aconteceu durante o procedimento. A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar o caso e esclarecer as circunstâncias que levaram a essa gravíssima situação.

O sonho que virou pesadelo

Em busca de aceitação e autoestima, Eliete decidiu realizar uma abdominoplastia e uma lipoaspiração na coxa. Para isso, investiu mais de R$ 25 mil, pago por meio de um consórcio ao longo de cinco anos. “Ela se sentia insegura com o corpo. Era um desejo dela conquistar a mudança, mas que se transformou em um verdadeiro pesadelo”, contou Fabiana Aparecida de Aquino, irmã da vítima. O procedimento começou no dia 14 de novembro, às 8h, mas por volta de 12h15, Eliete sofreu uma parada cardíaca, sendo reanimada e, em seguida, o mais grave aconteceu.

Transferência e complicações

Após a cirurgia, Eliete foi transferida para um hospital particular sem entubação. Sua condição era crítica, levando a família a se desesperar pela falta de informações sobre o estado de saúde dela. “Demoraram muito para nos avisar o que aconteceu. Quando soubemos, já era mais de 15h”, relatou Elisabete Aparecida de Oliveira, prima de Eliete. O cirurgião responsável informou que ela teve duas paradas cardíacas, em contrariedade aos registros da clínica, que afirmaram ter sido apenas uma.

Sequelas neurológicas e hospitalização

A situação médica de Eliete se agravou. De acordo com a família, ela ficou em estado grave no hospital particular e, depois de várias complicações pulmonares e diversas intervenções, houve a transferência para a Santa Casa de Limeira. Infelizmente, o diagnóstico apresentado pelos médicos indicou sequelas neurológicas graves e uma reversão improvável do seu quadro clínico a curto e médio prazo.

Desde sua alta, no dia 17 de dezembro, Eliete permaneceu sob os cuidados da família, que se vê diante da dura realidade. “Ela não se movimenta, não fala, não enxerga e está com uma traqueostomia. A situação é extremamente difícil e precisamos de um suporte médico adequado”, desabafou Fabiana. A família clama por um home care para Eliete, que não pode ter cuidados adequados em casa devido à complexidade de sua condição.

Demandas da família e investigações em andamento

A família denunciou a falta de suporte da clínica e se organizou para buscar apoio da Justiça. “Queremos saber a verdade, se houve negligência. Precisamos que responsabilizem quem errou”, afirmou Fabiana. A mãe de Eliete, Maria do Carmo da Silva, também expressou seu sofrimento: “O que importa é ver minha filha se recuperar e ter de volta a vida que ela levava”.

A Prefeitura de Limeira confirmou que o Hospital da Plástica não possui a licença para funcionar, gerando uma preocupação ainda maior sobre a segurança de outras pacientes que possam buscar procedimentos no local. Apesar disso, a Secretaria de Saúde informou que a clínica tem licença sanitária para realizar cirurgias.

Próximos passos na investigação

A Polícia Civil está investigando o caso e irá ouvir os médicos envolvidos na operação. A clínica, por sua vez, optou por não comentar o caso devido ao sigilo profissional e à Lei Geral de Proteção de Dados. Enquanto isso, a família de Eliete enfrenta um desafio imensurável, na esperança de que a Justiça traga respostas e que, um dia, a vida de Eliete volte ao normal.

A situação enfrentada por Eliete é um alerta sobre os riscos relacionados a procedimentos estéticos, um tema que frequentemente gera debates sobre segurança e ética em clínicas de cirurgia plástica. É vital que pacientes busquem informações detalhadas antes de se submeterem a qualquer tipo de cirurgia e que as autoridades garantam a segurança e a ética desses serviços.

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