Brasil, 23 de dezembro de 2025
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Promoção em loja de Brusque gera polêmica e boicote às Havaianas

A loja Guarani, localizada em Brusque, Santa Catarina, chamou a atenção ao anunciar uma polêmica promoção visando boicotar a mundialmente famosa marca de chinelos Havaianas. Durante a ação, os consumidores puderam adquirir os chinelos por apenas R$ 1, e em questão de horas, todo o estoque das três lojas foi esgotado.

Posicionamento claro contra as Havaianas

Em um post em seu perfil no Instagram, a loja deixou claro seu desacordo com a marca. “Não vamos mais trabalhar com a marca por tempo indeterminado devido à provocação da marca com a população conservadora, na qual fazemos parte,” declarou o estabelecimento. Essa decisão mostra a disposição da loja em se posicionar politicamente, um tema que vem ganhando força nas redes sociais e no comércio.

Reações nas redes sociais

Os seguidores da loja mostraram-se divididos nos comentários. Algumas pessoas manifestaram apoio à decisão da Guarani. “Eu tiro o chapéu por não ter medo de se posicionar”, elogiou uma usuária. Outras pessoas, no entanto, criticaram a ação e questionaram a efetividade do protesto, afirmando que mesmo a um preço baixo, o consumo dos produtos da marca continuaria. Comentários como “Esquerda usa havaianas, direita, tornozeleira!” foram feitos em resposta ao movimento.

Causa da controvérsia

A promoção e o boicote ocorreram em meio a uma polêmica gerada por uma campanha publicitária das Havaianas, que contava com a participação da atriz Fernanda Torres. Na peça publicitária, Fernanda sugere que os brasileiros não comecem o ano de 2026 com o pé direito, mas sim com os dois pés. Isso gerou uma série de críticas de políticos conservadores, que interpretaram a frase e o contexto como um viés político indesejado.

Reações políticas e impacto no mercado

O ex-deputado Eduardo Bolsonaro foi um dos que teceu duras críticas à marca, o que contribuiu para o aumento da polarização em torno do tema. Após a repercussão negativa, o valor de mercado da Alpargatas, empresa que detém a marca Havaianas, caiu significativamente. No entanto, a empresa conseguiu recuperar rapidamente parte de suas perdas, alcançando um valor superior ao que possuía antes da veiculação do comercial.

É apenas um boicote ou uma nova tendência?

A situação levanta questões sobre as consequências do boicote e a forma como os consumidores estão dispostos a se posicionar politicamente em relação às marcas que consomem. A ação da loja Guarani pode ser vista como um reflexo de como o comércio pode ser impactado pelo ambiente político atual, em que muitas empresas têm sido alvo de boicotes ou apoio, dependendo de seus posicionamentos.

Na verdade, a medida pode ter também um caráter de marketing, atraindo clientes que se identificam com a posição da loja. O esgotamento do estoque em poucas horas demonstra que essa estratégia, além de provocativa, ressoou com o público-alvo que a loja deseja atrair.

Conclusão

Enquanto as tensões políticas aumentam e as marcas se tornaram símbolos de posicionamentos ideológicos, ações como a da loja Guarani podem ditar novas tendências no varejo. O cenário atual pode provocar uma reavaliação das relações entre consumidores e marcas, onde decisões de compra podem ser fortemente influenciadas por questões políticas e sociais.

Essa promoção e boicote às Havaianas são emblemáticos de um momento em que o mercado se torna um espaço para debates e manifestações de ideologia, oferecendo aos consumidores uma oportunidade de expressar suas opiniões por meio de suas escolhas. Veremos, portanto, como as marcas e os consumidores continuarão a navegar nesse novo cenário. Afinal, em tempos de polarização, cada escolha conta.

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