No dia 29 de outubro, o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), localizado no Maranhão, foi o cenário de um feito histórico: o lançamento do primeiro foguete comercial a partir do Brasil. O foguete, chamado HANBIT-Nano, foi desenvolvido pela empresa sul-coreana Innospace e decolou às 22h13. Contudo, logo após o lançamento, a transmissão ao vivo do evento foi abruptamente interrompida, gerando incertezas sobre o sucesso da operação.
A transmissão interrompida e os problemas enfrentados
Durante a transmissão do lançamento, que atraía a atenção de entusiastas do espaço e tecnologia, a equipe da Innospace comunicou aos espectadores: “We experienced an anomaly during the flight”, o que em português significa “Experienciamos uma anomalia durante o voo”. Esse aviso apontou que a missão encontrou um problema sério, e a imagem pós-lançamento sugeriu uma explosão, mas até o momento não foram divulgadas informações detalhadas sobre o que ocorreu.
A Força Aérea Brasileira (FAB) acompanhou de perto o evento, mas até o fechamento desta matéria não havia se manifestado sobre o incidente. O lançamento do HANBIT-Nano já havia sido alterado diversas vezes anteriormente, com datas inicialmente agendadas para novembro, devido à necessidade de substituição de componentes do foguete.
Uma equipe mobilizada e o objetivo da missão
Para essa missão, cerca de 400 profissionais foram mobilizados, entre eles aproximadamente 300 são militares que prestaram assistência e suporte logístico. O HANBIT-Nano foi projetado para realçar a capacidade do Brasil no setor espacial, visando a realização de missões orbitais de pequeno porte.
Tecnologia e potencial do foguete
O foguete mede cerca de 21 metros de altura, o que equivale à altura de um prédio de sete andares, e pesa aproximadamente 30 toneladas, valor semelhante ao de 20 carros populares. É capaz de atingir velocidades de até 30 mil km/h, o que representa mais de 27 vezes a velocidade de um avião comercial. Uma impressionante característica que destaca o potencial tecnológico deste veículo.
O principal objetivo da missão era o transporte de oito dispositivos experimentais, dos quais sete são de origem brasileira e um é indiano. Dentre os equipamentos estavam dois nanossatélites desenvolvidos pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que têm como foco a pesquisa em sistemas de comunicação de baixo consumo energético, voltados para aplicações dentro do conceito de Internet das Coisas (IoT).
Impacto na indústria espacial brasileira
Apesar das dificuldades iniciais, o lançamento do HANBIT-Nano representa um passo significativo para a indústria espacial do Brasil, que busca se consolidar como uma potência no campo das tecnologias espaciais. O desenvolvimento de satélites e foguetes comerciais pode abrir portas para novos investimentos, pesquisas e a criação de oportunidades de trabalho no setor, tanto na esfera pública quanto na privada.
A experiência adquirida com esse primeiro lançamento poderá ser fundamental para futuras missões e atenuar riscos. Assim, especialistas acreditam que o Brasil tem potencial para se tornar um centro importante em lançamentos espaciais na América Latina, colhendo benefícios não apenas econômicos, mas também avanços em pesquisa e inovação tecnológica.
Com os olhos voltados para o futuro, o cenário da exploração espacial no Brasil continua a evoluir, e espera-se que novos passos sejam dados para garantir o sucesso das próximas missões.
Para assistir ao momento histórico do lançamento, disponível até o momento, clique neste link. O Brasil se posiciona nesse segmento promissor, junto a grandes potências do setor espacial.


