No cenário político brasileiro, a trajetória de Flávio Bolsonaro, pré-candidato à presidência, tem sido permeada por controvérsias e críticas. Recentemente, o coronel da PM e assessor de comunicação da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, André Costa, surpreendeu ao compartilhar em suas redes sociais postagens que insinuam críticas à pré-candidatura de Flávio, intensificando o debate sobre sua viabilidade política.
O contexto das críticas nas redes sociais
De acordo com informações reveladas pelo portal Metrópoles, André Costa publicou no início de dezembro um post de uma matéria da pesquisa Quaest, que indicou que 62% dos entrevistados não pretendem votar em Flávio Bolsonaro, mesmo contando com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa divulgação reflete um descontentamento latente dentro do próprio círculo familiar e político, e levanta questões sobre o apoio que Flávio realmente possui entre os eleitores.
O coronel André Costa também se destacou por repostar trechos de uma entrevista do pastor Silas Malafaia ao Metrópoles, onde o religioso defende o recuo de Flávio em busca de uma candidatura mais viável, sugerindo Tarcísio de Freitas (Republicanos) como uma alternativa. A situação tensiona não apenas a relação entre os ex-primeiro e segundo filhos do ex-presidente, mas também a base de apoio que Flávio busca construir para sua candidatura.
A reação de André Costa e sua posição em relação à candidatura
Em uma de suas postagens, Costa descreveu a notícia de que Flávio havia sido escolhido como candidato de Bolsonaro ao Palácio do Planalto em 2026 como “ridícula”. Ele criticou a falta de declarações públicas de Bolsonaro, questionando a renovação dos laços de apoio entre o ex-presidente e seu filho, Flávio. “Pergunte se alguém ouviu a voz de Bolsonaro. Pergunte se alguém leu uma carta de Bolsonaro. Esquece! Michelle não fala com a imprensa para dar esse tipo de informação. Ridícula essa matéria”, afirmou.
Entretanto, em entrevista ao Metrópoles, o coronel negou estar contrário à candidatura de Flávio e tentou justificar suas postagens, alegando que seu posicionamento é o mesmo do partido. Costa explicou que normalmente compartilha postagens para ajudar no engajamento de perfis que seguem, sem prestar atenção crítica nos conteúdos postados. “Minha posição em relação à candidatura do senador Flávio Bolsonaro é a mesma do partido. Estou fechado com ele. Nem me lembro desses posts aos quais você se refere”, declarou.
A repercussão da situação nas redes sociais
A atitude de André Costa repercutiu nas redes sociais, onde usuários debateram o impacto dessas postagens sobre a imagem de Flávio Bolsonaro. A comunicação entre os membros da família Bolsonaro parece desenhar um cenário de tensão e incerteza, que pode influenciar a estratégia eleitoral do ex-senador. O impacto negativo da repercussão, somado aos resultados das pesquisas de intenção de voto, traz à tona a questão da capacidade de Flávio de se manter como um candidato viável frente às eleições de 2026.
Com uma alta taxa de rejeição e a perda de apoio de figuras do próprio grupo, Flávio Bolsonaro verá a necessidade de uma reavaliação de suas estratégias políticas e de imagem, se realmente pretender seguir em frente com um projeto presidencial. O desenrolar dos eventos provoca reflexões sobre as alianças familiares básicas dentro do cenário político e como estas podem refletir nas intenções de voto do eleitorado.
