Brasil, 23 de dezembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Arcebispo condena ataque à árvore de Natal em Jenin

O núncio apostólico em Israel e delegado apostólico em Jerusalém e na Palestina comenta o ataque incendiário à árvore de Natal em Jenin, na Cisjordânia. Uma nova árvore foi inaugurada na tarde desta terça-feira. “É um ato condenável e que não promove a convivência. A árvore anuncia que é a nossa festa e que queremos celebrá-la.”

Francesca Sabatinelli e Jean-Charles Putzolu – Cidade do Vaticano

A luz é sempre mais forte do que qualquer escuridão, e os cristãos permanecerão o sal da terra e a luz do mundo, apesar dos “inimigos da paz, do amor e da alegria”. Da paróquia do Santíssimo Redentor em Jenin, na Cisjordânia, as vozes dos fiéis se elevam após o grave ato de vandalismo de um dia atrás, quando jovens muçulmanos radicalizados atearam fogo deliberadamente à árvore de Natal.

“Basta não queimar a alma, voltamos e nos reerguemos”, repetem os cristãos, prontos para acendê-la novamente. Quando dom William Shomali, vigário geral do Patriarcado, chegar à cidade para inaugurar, juntamente com as autoridades, uma nova árvore “que simboliza a nova vida e a luz que ilumina nossos corações”. “Mesmo que queimem cem vezes, a refaremos outras mil, porque Deus está conosco e não tememos ninguém”, afirmam todos, determinados a “se reerguer”.

Arcebispo Yllana: um ato a ser condenado

“Este é um ato que deve ser condenado, porque não ajuda, e não é a primeira vez”, enfatizou à mídia vaticana o arcebispo Adolfo Tito Yllana, núncio em Israel e delegado apostólico em Jerusalém e na Palestina. Um ato a ser condenado “porque não ajuda a convivência”, explicou ele, destacando sua presença na inauguração da árvore de Natal e do presépio no vilarejo de Aboud e em Ramallah.

Árvore de Natal queimada em Jenin

Árvore de Natal queimada em Jenin

Uma cerimônia que reuniu cristãos, ortodoxos e católicos, e outras comunidades, incluindo muçulmanos, para celebrar o Natal: “É assim que os fiéis, depois de dois anos, embora exasperados, expressam seu suspiro de alegria. É por isso que digo que aquelas pessoas — e não estou falando de comunidades, mas de indivíduos — que cometem esses atos não estão ajudando. Sabemos como os cristãos são tratados, vemos isso todos os dias, sabemos como suas atividades são restringidas. Mas não percamos a esperança. A árvore quer anunciar que esta é a nossa festa e que queremos celebrá-la. Não podemos parar, não podemos esquecer que finalmente podemos expressar nossa fé, que acolhe a todos. Nestes dois anos, não perdemos a esperança. E esperança não é uma palavra; aqui ela é vida e respiração, todos os dias. Porque não desistimos.”

A esperança não é apenas uma palavra

Neste tempo do renascimento do Senhor, indica ainda o núncio, os cristãos devem acolhê-lo para serem “transformados” e devem acolhê-lo para que “todos, perto e longe, possam ver como nós, cristãos, estamos cheios da glória e da alegria que o dom do amor do Pai nos traz.”

Dom Yllana recorda então as palavras do Papa Leão XIV e o seu apelo a uma paz desarmante e libertadora, que as comunidades cristãs promovem com “perseverança”, vivendo-a e seguindo as palavras do Papa, “dando espaço à reconciliação, mesmo com aqueles que não nos tratam bem, porque são nossos irmãos, filhos do mesmo Pai.” A esperança não é apenas uma palavra, conclui o arcebispo, porque “depois de dois anos estamos aqui, jubilosos”.

Fonte

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes