No último domingo (21), Ponta Grossa, localizada nos Campos Gerais do Paraná, teve um dia marcado pela tragédia. O adolescente Pedro Luiz Scheifer de Souza, de apenas 17 anos, foi brutalmente assassinado a facadas ao tentar recuperar seu celular, que havia sido roubado. A violência do ato choca a comunidade e levanta questões sobre a segurança pública na região.
O crime
Pedro estava em uma via pública na Vila Coronel Cláudio, no bairro Uvaranas, quando por volta das 5h da manhã foi abordado por um grupo de quatro pessoas. Segundo informações da Polícia Civil do Paraná, o jovem foi cercado, esfaqueado e, em seguida, os criminosos roubaram seu celular. O instituto Médico Legal (IML) foi acionado para a remoção do corpo, que chegou ao local por volta das 6h30.
A investigação inicial apontou que, após a ação criminosa, as câmeras de segurança da área registraram a presença de uma mulher de 29 anos, que estaria envolvida no crime. Ela foi encontrada no bairro Jardim Carvalho e indicou a localização de uma companheira, de 34 anos, que, conforme depoimentos, foi quem desferiu os golpes de faca em Pedro.
Prisões e consequências
Além das duas mulheres, a polícia também prendeu dois homens, de 22 e 26 anos, que acompanhavam o grupo no momento do crime. Apesar de negarem participação direta, um dos homens, de acordo com relatos da mulher que confessou o ataque, também teria agredido o adolescente com um canivete. Todos os quatro suspeitos foram autuados por latrocínio, que é o crime de roubo seguido de morte.
As autoridades locais reafirmam que as investigações estão em andamento, buscando esclarecer todas as circunstâncias que cercam o crime. A Polícia Civil do Paraná emitiu uma nota oficial sobre a situação, destacando a gravidade do evento e a importância de ações preventivas contra a violência urbana.
Quem era Pedro
Pedro era um estudante da 3ª série do Ensino Médio na Rede Alfa de Ensino e tinha um futuro promissor pela frente. Recentemente, ele foi aprovado em dois cursos: Engenharia Mecânica na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e Arquitetura na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Sua morte gerou grande comoção entre colegas, professores e a comunidade escolar, que rapidamente se mobilizou nas redes sociais para prestar homenagens.
“Pedro, guardaremos para sempre na memória as manhãs na escola em que você enchia todos de alegria com seu sorriso e seu jeito único de fazer rir. Hoje, com o coração apertado, precisamos nos despedir. Você foi muito mais que um colega de turma: foi um verdadeiro amigo, presente na vida de cada um de nós,” disse a escola em nota de pesar.
O velório de Pedro ocorreu na capela da Funerária Princesa, e seu sepultamento foi realizado no Cemitério São Sebastião, em Ponta Grossa, um momento de dor e reflexão para todos que o conheciam. A perda de um jovem tão promissor levanta questões sobre a segurança nas ruas e a necessidade de medidas mais eficazes contra a violência que afeta a sociedade.
Reflexões sobre segurança pública
Além da tragédia pessoal, o assassinato de Pedro representa uma preocupação maior com a segurança pública em áreas urbanas. As circunstâncias em que o crime ocorreu são um lembrete para a sociedade sobre os riscos que muitos jovens enfrentam diariamente. Especialistas em segurança pública afirmam que é essencial que as autoridades invistam em políticas que garantam a segurança em bairros que mais sofrem com a criminalidade.
Estas situações exigem um olhar mais atento da sociedade e do governo, para que tragédias como a de Pedro não se repitam. Com o luto ainda presente, a comunidade de Ponta Grossa clama por mudanças e soluções que possam oferecer um futuro mais seguro para seus jovens.
