Brasil, 22 de dezembro de 2025
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Previsão do IPCA em 2025 é reduzida para 4,33%

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação no Brasil, em 2025 foi revisada para baixo, de 4,36% para 4,33%. A alteração foi publicada nesta segunda-feira (22) no boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central que reúne expectativas de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos do país.

Perspectivas para a inflação até 2028

Para 2026, a previsão também caiu de 4,1% para 4,06%. Já as estimativas para os anos seguintes indicam uma desaceleração da inflação, com projeções de 3,8% em 2027 e 3,5% em 2028. Essas reduções consecutivas refletem uma expectativa de evolução favorável na política econômica e o controle mais efetivo da alta de preços.

Meta de inflação e limites estabelecidos pelo CMN

Pela sexta semana seguida, a expectativa para a inflação de 2025 se aproxima da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%. O intervalo de tolerância, de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, permite uma variação entre 1,5% e 4,5%. Assim, o mercado vê a meta se tornar uma realidade possível, considerando o cenário econômico atual.

Em novembro, a inflação atingiu 0,18% devido ao aumento no preço das passagens aéreas, e em outubro, o IPCA foi de 0,09%. Com esses resultados, a acumulação de preços em 12 meses chegou a 4,46%, dentro do limite da meta do CMN. Leia mais sobre o tema.

Taxa Selic e política monetária

Para manter a inflação sob controle, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 15% ao ano. Na última reunião do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa inalterada, pela quarta vez consecutiva, sinalizando cautela diante da incerteza econômica global e doméstica. Confira detalhes.

Desde maio de 2024, a Selic vem crescendo após uma redução para 10,5%. Atualmente, ela é a mais alta desde julho de 2006, quando atingiu 15,25%. Analistas do mercado financeiro estimam uma queda gradual para 12,25% até o final de 2026, com novas reduções esperadas nos anos seguintes, chegando a 10,5% em 2027 e 9,75% em 2028.

Consequências das mudanças na taxa de juros

O aumento da Selic busca frear a demanda aquecida, encarecendo o crédito e estimulando a poupança, o que tende a conter a inflação. Por outro lado, taxas mais baixas favorecem o consumo e a produção, promovendo crescimento econômico, embora possam pressionar os preços.

Crescimento econômico e câmbio

A expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano foi elevada de 2,25% para 2,26%. A projeção para 2026 ficou em 1,8%, enquanto para 2027 e 2028 estimam-se expansões de 1,81% e 2%, respectivamente. O crescimento de 0,4% no segundo trimestre, impulsionado pelos setores de serviços e indústria, reforça o cenário de recuperação após o avanço de 3,4% de 2024, o quarto ano consecutivo de crescimento e o maior desde 2021, quando o PIB cresceu 4,8%.

A cotação do dólar para o final deste ano está estimada em R$ 5,43, enquanto a previsão para 2026 é de R$ 5,50. Essas projeções refletem a expectativa de estabilidade cambial diante do cenário econômico atual.

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