A divulgação do IPCA-15 de dezembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), prevista para esta terça-feira (23), deve indicar uma alta moderada, com variação entre 0,22% e 0,40%, de acordo com diferentes instituições. O índice mede a inflação acumulada até o mês e influencia a definição da política monetária do país.
Pressões e alívios na inflação de dezembro
Segundo o Departamento de Pesquisas Econômicas (DPEc) do Banco Daycoval, o IPCA-15 deve subir cerca de 0,22% neste mês, impulsionado principalmente pela alta nos preços de serviços, especialmente passagens aéreas, refletindo a forte demanda por viagens. Em contrapartida, a expectativa é de desaceleração nos preços de alimentos e bens industriais, devido aos efeitos da Black Friday e a retração nesses setores.
Nos preços administrados, a previsão aponta uma leve alta, influenciada por reajustes em planos de saúde. Entretanto, a trajetória de queda em energia elétrica e gasolina deve ajudar a conter o avanço da inflação. Segundo o mesmo estudo, a inflação de dezembro deve ficar próxima de 4,43% em 12 meses, dentro da meta do Banco Central.
Projeções de diferentes instituições
A Macro Intelligence projeta uma variação de 0,25% para o IPCA-15 de dezembro, levando a uma inflação acumulada de 4,41% em 12 meses. A consultoria destaca um leve aumento na taxa, influenciado pelos aumentos em serviços e preços administrados, enquanto os bens industriais e a alimentação no domicílio apresentam retração e estabilidade, respectivamente.
Já o economista André Galhardo, da Análise Econômica, estima uma alta de aproximadamente 0,40% no IPCA-15 deste mês, o que elevaria a inflação em doze meses de 4,46% para cerca de 4,37%. Se confirmado, o índice encerraria o ano ligeiramente acima do centro da meta de 4,0%, mas dentro da banda de tolerância.
Perspectivas para o fechamento do ano
O PicPay projeta uma inflação acumulada de 4,54% para o IPCA-15 de dezembro, indicando uma alta mais forte de 0,37%. O encerramento do ano com esse índice sugere uma inflação de cerca de 4,54% em 12 meses, ligeiramente acima do centro da meta oficial, refletindo a trajetória de recuperação econômica e os efeitos de choques específicos do mês.
A divulgação do dado pelo IBGE será acompanhada de perto pelos mercados e pelo Banco Central, que avalia a necessidade de ajustes na política de juros para manter a inflação dentro da meta definida para 2024. A expectativa geral é que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encere o ano próximo do limite superior da meta.
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