Brasil, 22 de dezembro de 2025
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Arcebispo Coakley espera diálogo com Trump sobre imigração nos EUA

O arcebispo de Oklahoma City, Paul Coakley, declarou nesta semana que pretende conversar em breve com o presidente Donald Trump para discutir questões relacionadas à imigração nos Estados Unidos. Coakley, que foi eleito presidente da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA (USCCB) em novembro, afirmou que ainda não teve contato direto com o presidente ou com o vice-presidente JD Vance, mas que espera estabelecer um diálogo sobre temas de interesse comum.

Perspectivas de diálogo com a administração Trump

Durante entrevista ao programa “Face the Nation” na CBS News, Coakley revelou que a imigração deve ser uma pauta central na conversa com o governo. “Sem dúvida, a questão da imigração vai surgir, e acredito que haverá oportunidades para trabalharmos juntos e dialogarmos abertamente”, afirmou.

Preocupações e esperança de cooperação

O arcebispo destacou que há uma “ansiedade” entre os imigrantes, especialmente em comunidades com maior concentração de migrantes, devido à retórica empregada pelo governo em relação a políticas de deportação. “Em lugares com maior densidade de migrantes, há muito medo e incerteza, alimentados por discursos que muitas vezes ameaçam deportar ou criminalizar essas populações”, explicou.

Apesar dessas preocupações, Coakley afirmou que os dados locais indicam que, até o momento, não há queda significativa na frequência às missas por parte dos migrantes, ao contrário do que apontam algumas regiões em que houve dispensa de missas para os imigrantes receosos de ações da ICE (Agência de Imigração e Controle de Aduanas dos EUA).

Posição dos bispos sobre imigração

Na mensagem especial divulgada em novembro, os bispos norte-americanos expressaram oposição às deportações em massa e defenderam que “a dignidade humana e a segurança nacional não estão em conflito”. Coakley reforçou esse posicionamento, afirmando que respeitar todos os indivíduos é um princípio fundamental do cristianismo.

“Devemos tratar todas as pessoas com respeito e dignidade, independentemente de sua documentação ou status migratório. A dignidade humana é um direito dado por Deus, e isso deve ser inquestionável”, afirmou. “Acreditamos na importância de manter fronteiras seguras, mas também de acolher os migrantes com humanidade.”

Imigração: um princípio fundamental da Igreja

Coakley lembrou que os Estados Unidos foram fundados sobre o princípio de imigração e que os cristãos têm uma responsabilidade de acolher aqueles que buscam uma vida melhor. “A socialização católica nos ensina que a entrada de migrantes deve ser vista como uma oportunidade de inclusão e de reafirmação do valor de cada pessoa”, destacou.

Ele concluiu reforçando que “não há conflito entre uma política de fronteiras seguras e o respeito à dignidade de todos, pois ambos são valores essenciais”.

Fonte: Catholic News Agency

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