Brasil, 21 de dezembro de 2025
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Jin Liqun: infraestrutura para a revolução da IA exige novas forças

Em sua última entrevista antes de passar a liderança do Banco Asiático de Infraestrutura (AIIB) para Zou Jiayi, Jin Liqun destacou a importância de adaptar a infraestrutura às necessidades da revolução da inteligência artificial (IA). O banqueiro, de 76 anos, reforçou a estratégia do AIIB de focar em projetos sustentáveis e de alta tecnologia.

Legado e desafios futuros

Jin Liqun afirmou que sua maior conquista foi estabelecer um banco com padrões internacionais de governança e boas práticas. “Queremos que o AIIB seja reconhecido pela sua gestão responsável e por um modelo sólido que continue evoluindo,” destacou.

Ele ressaltou que, embora não refizesse escolhas diferentes na sua gestão, acredita na importância de uma liderança mais inteligente no futuro do banco. “Nossa filosofia está centrada em financiar infraestrutura que melhora vidas, combate as mudanças climáticas e promove o desenvolvimento sustentável,” afirmou.

O papel das instituições de desenvolvimento na nova era tecnológica

Questionado sobre o financiamento de tecnologias emergentes, como inteligência artificial e poder de processamento computacional, Jin reconheceu que a revolução industrial e tecnológica exige uma adaptação nas estratégias de financiamento dos bancos multilaterais.

Infraestrutura para a era da IA

O presidente do AIIB afirmou que as instituições de desenvolvimento precisam ampliar o foco para incluir projetos de alta tecnologia, como data centers, redes de comunicação avançadas e infraestrutura para suporte à IA. “Deveríamos pensar além de rodovias e portos, investindo em uma infraestrutura que suporte a revolução digital,” ressaltou.

Segundo Jin, esse tipo de investimento é fundamental para ampliar o acesso às novas tecnologias e garantir que países em desenvolvimento possam competir na economia da informação. Ele destacou que o AIIB já iniciou movimentos nesse sentido, priorizando projetos de energia limpa e inovação tecnológica.

Para ele, a adaptação às novas demandas requer estudos aprofundados e cooperação internacional. “Precisamos de uma visão de longo prazo para preparar os países para essa transformação,” concluiu.

Perspectivas para o futuro da infraestrutura global

Jin Liqun encerrou a entrevista reforçando a importância de criar uma infraestrutura que seja “lean, clean e green”, ou seja, eficiente, sustentável e responsável. Ele também destacou a necessidade de um alinhamento maior entre bancos multilaterais e os desafios da nova era digital.

O sucessor de Jin, Zou Jiayi, deve dar continuidade a essa estratégia, buscando equilibrar os investimentos tradicionais com as inovações tecnológicas que moldarão o futuro do desenvolvimento econômico e social mundial.

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