Brasil, 20 de dezembro de 2025
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União Europeia adia assinatura de acordo com Mercosul para 2026

A União Europeia (UE) anunciou um adiamento na assinatura do acordo comercial com o Mercosul, que agora está prevista para 12 de janeiro de 2026, no Paraguai. A notícia foi confirmada por diplomatas europeus às agências de notícias AFP e Efe. Inicialmente, a assinatura estava marcada para este sábado, dia 20 de dezembro, mas a pressão de agricultores europeus levou a um adiamento inesperado.

A confusão do adiamento

O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez, expressou dúvidas sobre a veracidade das informações divulgadas. Em declarações à imprensa, ele afirmou: “Li essa informação na imprensa. Conversei com o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira e perguntei se ele havia recebido alguma comunicação oficial como presidente pro tempore. Ele me disse que não, e eu também não recebi nenhuma comunicação oficial”. O Paraguai, que assume a presidência rotativa do Mercosul neste sábado, substitui o Brasil nesse papel.

Dúvidas na hora H

A razão para o adiamento repentino da assinatura é atribuída às incertezas levantadas pela Itália e à forte rejeição da França ao acordo. Para que a assinatura fosse concretizada, era necessária a validação por parte dos países-membros da UE, o que requer uma maioria qualificada – 15 países que representem 65% da população europeia. Contudo, esse quórum não foi alcançado, levando ao atraso.

Prazos e expectativas

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a UE precisa de “mais algumas semanas” para resolver as pendências. Assim, as autoridades europeias já entraram em contato com o Mercosul para avisar sobre o “ligeiro adiamento da assinatura”. Antes que um novo encontro aconteça em janeiro, os países europeus deverão buscar novamente reunir a maioria qualificada necessária.

Negociações em andamento

Funcionários da UE mostraram-se otimistas em relação à possibilidade de obter a aprovação antes da nova data marcada. As negociações continuam, especialmente com Roma e Paris, focando em salvaguardas e compensações para agricultores europeus, o que visa atender às preocupações levantas pelos governos desses países.

A voz do Mercosul

Os chanceleres do Mercosul, por sua vez, emitiram um alerta à União Europeia durante uma reunião em Foz do Iguaçu. Eles enfatizaram que não estão dispostos a esperar indefinidamente pela assinatura do acordo. “Estamos dispostos a avançar, entendendo que a Europa tem seus prazos para cumprir suas exigências institucionais internas, mas, ao mesmo tempo, os prazos não são infinitos”, revelou Ramírez, sublinhando a urgência por parte do Mercosul para que as negociações avancem.

O que está em jogo?

Esse acordo representa uma oportunidade significativa para o Mercosul, com potencias de impulsionar o comércio entre os países da América do Sul e a Europa. Além disso, a assinatura do acordo poderia abrir novas portas para investimentos e melhorar relações bilaterais. No entanto, com a oposição interna da UE, particularmente de agricultores que temem a competitividade dos produtos sul-americanos, o futuro do acordo ainda é incerto.

O desenvolvimento dessa situação será acompanhado de perto por todos os envolvidos e poderá ter um grande impacto na economia de ambos os blocos. Enquanto aguardamos pela nova data de assinatura, o foco permanece nas negociações da UE e nas expectativas que cercam este importante acordo.

Para mais informações, acesse outras reportagens internacionais em DW, parceiro do Metrópoles.

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