Brasil, 20 de dezembro de 2025
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Polícia prende suspeitos de roubo à biblioteca Mário de Andrade

A Biblioteca Mário de Andrade, um dos principais patrimônios culturais de São Paulo, foi alvo de um roubo audacioso em 7 de dezembro, quando duas valiosas obras de arte foram subtraídas. A polícia, em sua busca por justiça e recuperação dos bens, já prendeu uma mulher e identificou outro suspeito que também estaria envolvido no crime.

A prisão dos suspeitos

Nesta sexta-feira, dia 19 de dezembro, a 1ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco) anunciou a prisão de uma mulher de 38 anos, acusada de ter participação no roubo. As investigações seguem em curso, conforme informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP). No total, dois outros indivíduos já se encontram detidos em decorrência do caso.

Na última quinta-feira (18), um homem também foi preso. Este indivíduo, conhecido como Luís do Carmo, ou “Magrão”, foi identificado por câmeras de segurança do projeto Smart Sampa, flagrando-o ao lado de um dos suspeitos que já estavam em custódia. As imagens mostram Magrão caminhando junto a Felipe Quadra, que foi detido no dia 8 de dezembro na Mooca, Zona Leste da capital paulista, com as obras em mãos.

Obras ainda não recuperadas

As obras roubadas consistem em oito gravuras de Henri Matisse, do álbum “Jazz”, e cinco gravuras de Candido Portinari, parte da exposição “Do livro ao museu: MAM São Paulo e a Biblioteca Mário de Andrade”. Até o momento, nenhum dos itens foi recuperado, o que agrava a situação e chama a atenção das autoridades.

O roubo aconteceu em plena luz do dia, quando dois homens armados invadiram a biblioteca e renderam uma vigilante e um casal de idosos que estava visitando o local. Em poucos minutos, conseguiram subtrair as obras e fugiram pela saída principal, enquanto os vigilantes buscavam ajuda junto aos policiais que patrulhavam a área.

Preocupações com a segurança

O ex-diretor da biblioteca, Luiz Armando Bagolin, expressou sua indignação e preocupação com a segurança da instituição. Ele descreveu o choque ao saber do roubo, afirmando que a falta de segurança no prédio foi um fator crítico que permitiu que os criminosos realizassem a ação sem serem contidos. Em suas palavras, “é um absurdo que alguém armado consiga entrar na biblioteca, situada a apenas 200 metros da prefeitura”.

Bagolin também comentou sobre a história recente do acervo roubado, destacando que as gravuras de Matisse foram furtadas no passado e já passaram por um longo processo de falsificação e recuperação pela Polícia Federal, que resgatou as obras na Argentina.

Histórico das obras roubadas

O álbum “Jazz”, uma coleção de gravuras de Matisse, tem um passado conturbado. Entre os anos de 2004 a 2006, um funcionário da biblioteca subtraiu as obras e substituiu por cópias falsas durante uma reforma na biblioteca. Apenas anos depois, a Polícia Federal conseguiu recuperar as obras autênticas, que estavam em posse das autoridades argentinas.

As obras de Matisse, conhecidas por sua riqueza estética e cores vibrantes, são fundamentais para a cultura brasileira. Por isso, a apreensão das obras não é apenas uma questão criminal, mas também uma preocupação acerca da preservação do patrimônio cultural do Brasil.

Repercussão do roubo

O evento não só causou um alvoroço entre os amantes da arte, mas também traz à tona discussões sobre a segurança em instituições culturais. Enquanto a Secretaria da Cultura afirmou que a biblioteca conta com um sistema de segurança robusto, a segurança pública e a proteção do patrimônio cultural continuam a ser um tema central.

A secretaria informou que as obras estavam adequadamente seguradas e que diversas medidas de segurança são adotadas para prevenir tais incidentes. No entanto, a sociedade questiona: como pode um roubo desse porte ocorrer em um local com tantas medidas de segurança? A resposta ainda está sendo buscada.

O que vem a seguir?

Com a prisão dos suspeitos e a continuidade das investigações, espera-se que as autoridades consigam recuperar as obras e levar os responsáveis à justiça. Enquanto isso, a Biblioteca Mário de Andrade, um símbolo da cultura paulistana, aguarda resultados que possam restaurar a confiança do público e a segurança de seus acervos.

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