A ministra Kátia Magalhães Arruda, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), determinou nesta quinta-feira (18) que os sindicatos dos Correios mantenham 80% do efetivo em atividade em cada unidade da estatal. A decisão ocorre após aprovações de greve pelos trabalhadores, que enfrentam uma crise financeira e receberam autorização para um empréstimo de R$ 12 bilhões.
Restrições aos sindicatos e penalidades em caso de descumprimento
De acordo com a decisão do TST, os dirigentes sindicais também estão impedidos de atuar na entrada das unidades para dificultar o acesso dos funcionários e cargas postais devido ao movimento de paralisação. Em caso de descumprimento, foi fixada multa diária de R$ 100 mil a ser paga pelo sindicato. Fonte.
A medida foi tomada após sindicatos da categoria aprovarem a greve durante audiências mediadas pelo TST, que buscava evitar maiores prejuízos à prestação de serviços e à situação financeira da estatal.
Negociações e propostas da empresa
Para tentar um entendimento com os funcionários, os Correios propuseram nesta terça-feira um reajuste de acordo com a inflação e concessões em cláusulas favoráveis à categoria, exceto o pagamento de “vale-peru”. Até então, a estatal vinha propondo reajuste zero devido à grave crise financeira.Fonte.
Benefícios reivindicados pelos funcionários
Os trabalhadores desejam manter benefícios tradicionais, como adicional de 70% nas férias, pagamento de 200% nos finais de semana e o já mencionado “vale-peru” de R$ 2,5 mil. No entanto, a direção dos Correios argumenta que a situação financeira da estatal não permite a manutenção desses benefícios neste momento.
Impactos e expectativas
A decisão do TST reflete a tentativa de equilibrar os direitos dos trabalhadores e a necessidade de manter o funcionamento essencial dos Correios, que passam por dificuldades financeiras severas. A paralisação, se persistente, pode afetar a operacionalidade da estatal e a entrega de correspondências e encomendas.
Especialistas avaliam que a medida pode limitar os efeitos da greve, mas reconhecem que o conflito ainda pode precisar de novas negociações em busca de estabilidade para a estatal.


