Brasil, 19 de dezembro de 2025
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Ministro nega troca de horários de fisioterapia para Bolsonaro

No dia 19 de dezembro de 2025, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a passar por uma cirurgia para correção de uma hérnia inguinal bilateral. Embora tenha autorizado o procedimento necessário para a saúde do ex-chefe do Palácio do Planalto, Moraes negou o pedido da defesa de Bolsonaro para alterar os horários das sessões de fisioterapia, que foram previamente definidos para ocorrer durante o banho de sol na prisão.

A decisão do STF e suas implicações

A defesa de Jair Bolsonaro requereu ao STF a mudança nos horários das sessões de fisioterapia a fim de acomodar o profissional que atenderia o ex-presidente. No entanto, o ministro Moraes argumentou que o profissional deve se adaptar aos horários da Superintendência Regional da Polícia Federal (PF) no Distrito Federal. “Indefiro o requerimento de troca do horário das sessões de fisioterapia, uma vez que o atendimento médico deve se adequar aos horários da Superintendência”, declarou Moraes em sua decisão.

Essa decisão se dá em um contexto delicado, tendo em vista a prisão de Bolsonaro e as manifestações de saúde que têm sido objeto de debate. A autorização para a cirurgia foi derivada de um laudo da PF que atestou a necessidade de um procedimento cirúrgico eletivo. Segundo o documento, a cirurgia deve ser realizada o mais breve possível, para evitar complicações devido à refratariedade dos tratamentos anteriores e a piora do quadro clínico do ex-presidente.

O quadro de saúde de Jair Bolsonaro

O diagnóstico de hérnia inguinal bilateral foi considerado sério, e o laudo médico alertou para a urgency da operação: “a piora do sono e da alimentação, além de acelerar o risco de complicações do quadro herniário, são preocupações que precisam ser tratadas com urgência”, destacou a perícia. Moro disse que, apesar de o procedimento não ter caráter de urgência, a cirurgia deve ser programada o quanto antes. A defesa de Bolsonaro agora terá que informar ao STF a proposta de data para a realização da cirurgia.

A reação da defesa de Bolsonaro

A negação do pedido de mudança dos horários de fisioterapia provocou reações diversas no meio político e jurídico. Espectadores e analistas têm se questionado sobre a manutenção de protocolos rigorosos, mesmo em face da necessidade de cuidados especiais tributada ao ex-presidente. O advogado de Bolsonaro pode apresentar novos requerimentos ou justificar os motivos nos próximos dias, portanto, a situação pode evoluir à medida que novos desdobramentos surgirem.

Contexto político e repercussões

A liberação do ex-presidente para realizar a cirurgia ocorre em um clima político já tenso e polarizado. Bolsonaro, que enfrenta uma série de processos e intervenções judiciais, utiliza as redes sociais para manter uma presença ativa entre seus apoiadores. Sua situação de saúde é um tema sensível, não apenas por questões pessoais, mas também pela reverberação pública que sua figura ainda carrega.

As recentes decisões de Moraes evidenciam a tensão entre a segurança das instituições e os direitos dos cidadãos, independetemente de sua posição política. O balanceamento destes aspectos se torna fundamental para garantir a integridade do sistema judiciário e as garantias constitucionais de todos os indivíduos, incluindo antigos presidentes.

Para o ex-presidente, o tratamento médico é uma prioridade, motivando a necessidade de adequações que são raras de serem vistas em casos de figuras públicas. Como a situação se desdobrará nas próximas semanas representa um ponto crucial em várias discussões mais amplas sobre a política brasileira contemporânea.

Com data ainda indefinida para a cirurgia, mas a certeza de cuidados médicos urgentes, Bolsonaro segue como uma figura em evidência, não apenas pela condição de saúde, mas pela relevância política que ainda detém nas pautas nacionais. O desdobramento deste caso poderá influenciar a percepção pública e as estratégias político-partidárias à medida que se aproxima o ano eleitoral.

Assim, o ex-presidente continua sob a supervisão de autoridades e profissionais de saúde enquanto se define sua próxima etapa durante o cumprimento da pena, buscando tratamento e sua possível recuperação.

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