Em um momento delicado para o Cruzeiro, os torcedores ainda lamentam a eliminação do time na semifinal da Copa do Brasil, que ocorreu na disputa de pênaltis contra o Corinthians. A figura central desse jogo, Gabigol, se manifestou pela primeira vez sobre sua cobrança perdida, que poderia ter garantido a classificação do clube. Embora tenha destacado sua condição física pouco ideal para a situação, o atacante assumiu a responsabilidade pelo erro.
O peso da eliminação para o Cruzeiro
A partida que encerrou o sonho da Copa do Brasil foi um marco na temporada do Cruzeiro, que não conseguiu avançar à final. A eliminação teve um impacto profundo nos torcedores e na equipe. Gabigol, que não fez uma temporada marcante até o momento no clube, viu sua performance ser colocada à prova. Ele entrou somente nos minutos finais da disputa, o que, segundo suas próprias palavras, pode ter influenciado sua falha no pênalti.
“Combinar um momento como aquele é difícil. Entrei faltando três minutos e nem toquei na bola. Estava meio frio, mas eu errei. Não tenho problema em assumir isso”, contou Gabigol, revelando o peso do erro que poderia ter mudado o destino do clube na competição.
Defesa contra acusações
Diante das críticas e especulações sobre sua cobrança – principalmente pela sua fama como especialista em pênaltis, com um histórico de 84% de acertos no Flamengo – alguns torcedores levantaram a hipótese de que o erro teria sido proposital. Gabigol se mostrou indignado com essa possibilidade. “Falar uma coisa dessa é uma barbaridade. O que eu ia ganhar ao perder um pênalti? O pior é que algumas pessoas acreditam”, afirmou, garantindo que a intenção nunca foi errar.
Reencontro com Tite traz incerteza
A situação de Gabigol na equipe se complica ainda mais com a chegada do novo técnico, Tite, no Cruzeiro. O atacante já havia manifestado descontentamento com o treinador no passado, quando ambos estiveram juntos na seleção brasileira e no Flamengo. O presidente do Cruzeiro, Pedrinho, bem-humorado, chegou a comentar que Gabigol havia feito uma observação sobre a chegada de Tite na apresentação oficial do atacante, indicando que ele preferia outro tipo de comando.
Porém, em suas declarações mais recentes, Gabigol procurou minimizar as fricções. “Não tenho nada contra ele. Dei minha opinião e ele tem a dele, e estamos aqui pelo Cruzeiro. O foco é no grupo e em ganhar”, explicou, demonstrando uma disposição de colaborar com a nova gestão, apesar de suas reservas.
Perspectivas futuras
O futuro de Gabigol no Cruzeiro segue uma incógnita, especialmente considerando sua baixa minutagem em campo e seu alto custo ao clube. Muitos fãs e analistas estão se questionando se ele fará parte do planejamento para o próximo ano, considerando as transformações na equipe e a necessidade de ajustes estratégicos nas próximas temporadas.
Com a pressão sobre seus ombros e a carga emocional pesada pela eliminação na Copa do Brasil, Gabigol enfrentará uma fase de readaptação tanto no campo quanto na relação com o novo treinador. Sua capacidade de se reinventar e a forma como se adaptará a Tite poderão ser cruciais para que o atacante permaneça relevante não só para o clube, mas também para seu futuro profissional.
