Brasil, 19 de dezembro de 2025
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Correios aguarda liberação de R$ 12 bilhões para reestruturação

A direção dos Correios aguarda a liberação de um empréstimo bancário de R$ 12 bilhões, aprovado pelo Tesouro Nacional, para dar início ao plano de reestruturação da estatal. Segundo fontes próximas às negociações, espera-se que R$ 10 bilhões estejam disponíveis ainda neste mês, enquanto os outros R$ 2 bilhões serão desembolsados em 2026. O pagamento do 13º salário dos funcionários será realizado nesta sexta-feira.

Negociações e detalhes do empréstimo

O aval do Tesouro possibilitou que o Banco Central autorizasse a operação de crédito por meio do respaldo do governo federal. Essa garantia reduz o risco para os bancos envolvidos, que são Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander. O prazo de pagamento será de 15 anos, com três anos de carência, e a taxa de juros prevista é de 120% do CDI, referência nas operações de curto prazo entre instituições financeiras. Segundo o Ministério da Fazenda, essa operação é fundamental para que os Correios possam regularizar suas contas e dar continuidade a ações emergenciais.

Destinação dos recursos e plano de recuperação

O presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, revelou que a chegada dos recursos será o pontapé inicial para a implementação do plano de reestruturação, que já conta com aprovações do conselho de administração. Com a injeção financeira, a estatal pretende financiar o Plano de Demissão Voluntária (PDV), com meta de 10 mil desligamentos em 2026 e mais 5 mil em 2027, cujo lançamento está previsto para janeiro.

Utilização dos recursos a curto prazo

Além do PDV, os recursos serão utilizados para quitar dívidas vencidas e a vencer nos próximos meses, além de assegurar pagamento de folha de salários e dívidas judiciais, como precatórios. Essas ações são essenciais para manter as operações e evitar paralisações nas entregas em meio a uma crise financeira e sindicalização crescente.

Impacto para os funcionários e estratégias de recuperação

Os funcionários dos Correios ainda aguardam novidades sobre reajustes salariais, que atualmente estão em discussão, sem a concessão de vale-refeição. A direção também avalia medidas de corte de despesas, como revisão de contratos, fechamento de até 1 mil unidades e otimização do quadro de funcionários, com foco na redução de custos operacionais.

O plano de reestruturação também inclui ações para ampliar a eficiência nas entregas e ampliar a oferta de serviços, além de movimentações no plano de carreiras e investimentos em tecnologia, como a obrigatoriedade do ponto eletrônico para todos os colaboradores. Essas medidas visam garantir a sustentabilidade do órgão e evitar crises futuras.

Consequências e perspectivas futuras

Segundo especialistas, a liberação do empréstimo representa uma etapa decisiva para a recuperação dos Correios e sua adaptação às novas demandas do mercado. A expectativa é de que o aporte impulsione melhorias na qualidade dos serviços, além de estabilizar as contas da estatal. No entanto, o sucesso depende do cumprimento do plano de reestruturação e da gestão eficiente dos recursos públicos e privados.

Mais detalhes sobre o uso do dinheiro e as próximas ações do governo serão divulgados pelo presidente Emmanoel Rondon na próxima segunda-feira, marcando um passo importante na tentativa de reequilibrar a estatal. Para acompanhar os desdobramentos, siga nossas atualizações.

Fonte: O Globo

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