Brasil, 18 de dezembro de 2025
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Tesouro garante R$ 12 bilhões aos Correios em empréstimo com bancos

O Tesouro Nacional aprovou nesta quinta-feira a concessão da garantia da União ao empréstimo de R$ 12 bilhões negociado pelos Correios com um grupo de cinco bancos. A garantia soberana faz com que o governo pague o financiamento em caso de calote.

Detalhes do empréstimo e condições comerciais

A proposta, feita pelas instituições financeiras, prevê um prazo de pagamento de 15 anos, com três anos de carência. Os juros equivalem a 115% do CDI ao ano, uma taxa próxima à Selic, que atua como referência para empréstimos diários entre bancos. Segundo informações do Ministério da Fazenda, essa taxa é considerada relativamente alta, refletindo o risco associado à operação.

Condições para o auxílio aos Correios

O socorro aos Correios está condicionado a um plano de reestruturação da estatal, que inclui cortes de gastos e aumento de receitas. A estratégia prevê desligar 15 mil funcionários via plano de demissão voluntária (PDV), sendo 10 mil em 2026 e 5 mil em 2027, além de fechar cerca de 1 mil unidades. A medida busca reequilibrar as contas e colocar a companhia de pé com previsão de lucro em 2027.

estratégia de recuperação e medidas adicionais

Além da reestruturação financeira, a estatal busca ampliar receitas por meio de parcerias com o setor privado para diversificar os serviços oferecidos. Segundo fontes do governo, o objetivo é evitar a necessidade de intervenção mais drástica e garantir a prestação dos serviços públicos de forma sustentável.

Crise financeira e cenário sindical

Enquanto tenta recuperar-se, os sindicatos dos Correios deflagraram greve após impasse por benefícios, como o vale-peru. Os sindicalistas reivindicam um pagamento extra de R$ 2.500, em duas parcelas, via vale-refeição ou alimentação. A direção da estatal argumenta que não há condições financeiras para arcar com tal despesa. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) está mediatando o conflito, determinando a publicação de uma proposta de acordo pelos sindicatos em 24 horas e marcando nova audiência para 26 de dezembro para discutir o resultado das assembleias.

Crédito dos bancos e rejeição do Tesouro

Na última rodada, um pool de bancos – formado por Citibank, BTG Pactual, ABC Brasil, Banco do Brasil e Safra – propôs um empréstimo de R$ 20 bilhões, com juros de 136% do CDI. Apesar de aprovado pelo Conselho de Administração, o Tesouro recusou a proposta por superar o padrão de 120% do CDI, utilizado em operações com aval da União, demonstrando cautela na concessão de crédito.

Perspectivas e próximos passos

O governo busca equilibrar a crise financeira dos Correios e evitar uma intervenção direta, usando o mecanismo de garantia soberana para facilitar o empréstimo. A expectativa é que a reestruturação e o pagamento das dívidas contribuam para a retomada dos lucros e a sustentabilidade da estatal até 2027. As ações de redução de gastos e aumento de receitas continuam sendo prioridades para estabilizar a companhia e garantir a continuidade dos serviços públicos postais.

Para mais detalhes, leia a matéria completa no O Globo.

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