Brasil, 18 de dezembro de 2025
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Tarcísio é pressionado a apoiar Flávio Bolsonaro em meio a resistências

O desempenho do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na última pesquisa Genial/Quaest, onde se mostrou mais competitivo que governadores de direita na disputa contra o presidente Lula no segundo turno, gerou uma nova onda de pressão sobre Tarcísio de Freitas (Republicanos). Após o anúncio da pré-candidatura de Flávio, o governador de São Paulo começou a ser cobrado por bolsonaristas a manifestar um apoio mais claro e robusto ao filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A cobrança intensa sobre Tarcísio

Na semana passada, logo após Flávio declarar sua pré-candidatura, Tarcísio chegou a demonstrar um certo apoio ao senador, mas deixou claro que haveria outras candidaturas na ala conservadora. Desde então, ele não fez mais menções a esse apoio. “Flávio tem uma grande responsabilidade. A partir de agora, ele se junta a outros grandes nomes da oposição que já colocaram seus nomes à disposição”, comentou Tarcísio em discurso que foi interpretado como insuficiente por líderes paulistas.

O deputado estadual Gil Diniz (PL-SP) foi uma das vozes que não hesitou em pressionar Tarcísio. Durante uma sessão na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Diniz pediu que o governador fosse mais claro em relação ao apoio a Flávio. “Meu pré-candidato à Presidência é Flávio Bolsonaro. Eu gostaria que o governador se comprometesse a apoiar Flávio com um palanque robusto em São Paulo”, exigiu Diniz.

Rejeição e desafios para Flávio

A pesquisa Genial/Quaest revelou que Flávio continua à frente de outros candidatos de direita no primeiro turno, mas com Lula na liderança com 41% das intenções de voto, Flávio ficou com 23% e Tarcísio com apenas 10%. Contudo, a rejeição ao senador é alta, com 60% dos eleitores afirmando que não votariam nele. Em contrapartida, a rejeição a Tarcísio é de 47%.

O pastor Silas Malafaia, que mantém uma proximidade com o ex-presidente, criticou a pré-candidatura de Flávio, sugerindo que ele carece de “musculatura política”. Malafaia também argumentou que Tarcísio teria uma rejeição menor e poderia atrair votos do Centrão, além de eleitores que não desejam votar em Lula ou Bolsonaro. “A chapa ideal seria Tarcísio e Michelle como vice”, ressaltou o pastor.

As dificuldades na busca por apoio

Além de enfrentar a resistência de figuras como Malafaia, Flávio Bolsonaro também teve dificuldades em consolidar o apoio de partidos como PP, União Brasil, Republicanos e PSD. Desde o anúncio de sua candidatura, muitos tentam persuadir o ex-presidente a reverter seu apoio ao filho.

Entre alguns parlamentares bolsonaristas, há uma expectativa de que Tarcísio acabará se engajando no apoio a Flávio. Segundo um parlamentar, o governador busca tempo para avaliar se a candidatura do senador ganhará tração e, ao mesmo tempo, não quer ser visto como ingrato com Bolsonaro. “Sem o presidente, ele está em uma situação política frágil em São Paulo”, afirmou outro deputado.

Perspectivas futuras e reações

Lucas Bove (PL-SP) acredita que Tarcísio deve se juntar à campanha de Flávio, destacando que “manter o apoio do bolsonarismo é fundamental”. Na pesquisa, Flávio atinge 91% das intenções de voto entre os eleitores bolsonaristas em um cenário de segundo turno contra Lula, enquanto Tarcísio conta com 73% nesse mesmo grupo. A rejeição a Tarcísio entre esse segmento é mais de três vezes maior do que a de Flávio.

Outro deputado, Paulo Mansur (PL), acredita que Tarcísio manifestará suporte a Flávio quando achar apropriado. “Ele já demonstrou que apoiaria o Flávio. Na hora certa, essa atitude deve ser tomada”, afirmou o parlamentar. Um aliado próximo de Tarcísio prevê que o governador dedicará atenção às pretensões de Flávio uma vez que os cenários eleitorais se solidificarem.

Tarcísio, quando procurado, optou por não se manifestar sobre a questão. O clima de expectativa para o futuro político dos dois continua a crescer, com a pressão sobre o governador não diminuindo à medida que a pré-candidatura de Flávio se intensifica.

(Colaboraram Yago Godoy e Luis Felipe Azevedo)

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