Brasil, 18 de dezembro de 2025
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Recomposição entre governo e Câmara é celebrada por José Guimarães

O clima de tensão entre o Palácio do Planalto e a presidência da Câmara dos Deputados parece estar superado, segundo declarações do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). Em um encontro com jornalistas nesta quinta-feira, Guimarães anunciou que a relação entre o governo e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), foi recompossa, o que representa uma vitória para ambos os lados e um sinal positivo para o final do ano legislativo.

O saldo político do ano

Guimarães afirmou que o ano de 2025 termina com um “saldo político positivo” e que a articulação entre o Palácio do Planalto e os parlamentares foi restabelecida. Após um período de “estrangulamento” devido a três propostas polêmicas – o PL da Antifacção, a MP do IOF e a MP da reorganização dos ministérios – a comunicação retomou-se e resultou em um novo patamar de diálogo. Isto é fundamental, especialmente em um momento onde diversas pautas importantes estavam paradas, como a regulamentação da reforma tributária e reduções de renúncias fiscais.

“Estávamos em um momento difícil, mas conseguimos reverter essa situação através de negociações contínuas”, comentou o líder do governo, destacando a participação ativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, essa proximidade crescente foi fundamental para a apropriação das pautas e a restauração da confiança mútua.

Aprovações que fazem diferença

Com a aprovação de temas que eram considerados difíceis, Guimarães observa que o governo não só conseguiu destravar as pautas, mas também formou um ambiente propício para a continuidade das negociações. “Nós terminamos o ano com um saldo político grande”, afirmou, enfatizando que o resultado da gestão de Motta deverá ser avaliado não pelos momentos de crise, mas pela entrega de resultados que fortalecem a Câmara e, consequentemente, o governo.

O líder do governo também fez uma análise sobre a ocupação da Mesa Diretora, mencionando que a presença de parlamentares alinhados à antiga gestão de Jair Bolsonaro na presidência não deve ser vista como um empecilho, mas como um episódio isolado. Ele acredita que, ao final do ano, a imagem de Motta será a de um presidente fortalecido, capaz de conduzir a Casa no sentido da governabilidade.

Movimentos para a nova base de apoio

Paralelamente a essa recuperação da relação entre o Palácio do Planalto e a Câmara, uma mudança ocorreu no Ministério do Turismo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a saída de Celso Sabino do cargo, com a expectativa de que Gustavo Feliciano seja nomeado para o posto. Feliciano é considerado um aliado importante de Motta, o que pode facilitar a costura de uma base estável no Congresso.

“Com a indicação do novo ministro, nossa expectativa é de conseguir um apoio que represente pelo menos 257 votos”, disse Guimarães, reafirmando a importância de consolidar as alianças políticas em um momento crucial para o governo.

Desafios e tensões no horizonte

Apesar do cenário otimista, o líder do governo também abordou os desafios que ainda permanecem. A turbulência que cercou o projeto da Dosimetria, por exemplo, expôs falhas de comunicação internas e a falta de sintonia entre a articulação política e o comando do governo. Guimarães destacou a necessidade de melhorar esse diálogo para evitar crises futuras.

Ele também mencionou o andamento das emendas impostivas, reconhecendo que houve uma ampliação do poder dessas emendas, mas afirmou que não há disposição para discutir esse tema neste momento. A conversa girou ainda em torno da operação policial envolvendo o senador Weverton Rocha, na qual Guimarães foi cauteloso, assinalando que tal ação demonstra que os órgãos do governo estão funcionando com independência.

Com as expectativas para o novo ano, uma série de votações importantes estão programadas para fevereiro, incluindo a nomeação de Jorge Messias ao STF, da qual Guimarães espera aprovação. O futuro se apresenta com desafios, mas também com oportunidades para o governo continuar a fortalecer suas relações e buscar consenso no Legislativo.

Em meio a essa complexa rede de negociações e articulações, o compromisso de Guimarães em articular um diálogo aberto e eficiente torna-se essencial para o êxito do governo em suas ações legislativas nos próximos meses.

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