Brasil, 18 de dezembro de 2025
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Possibilidade de acordo de livre comércio entre Mercosul e UE é discutida

No último final de semana, o cenário político e econômico da América do Sul e da Europa teve seu foco voltado para a reunião de cúpula do Mercosul, realizada em Foz do Iguaçu, no Paraná. O Ministro das Relações Exteriores (MRE), Mauro Vieira, manifestou otimismo quanto à possibilidade de um acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE). O encontro representa uma oportunidade crucial, enfatizando ser esta a última chance de um acordo substantivo entre os blocos, caso contrário, o Brasil redirecionará seus esforços comerciais para outros parceiros.

Última chance para um acordo

Durante a sua participação no programa Bom Dia, Ministro, Vieira expressou sua crença de que os dias 20 e 21 seriam decisivos para o futuro das negociações. “Se não for concluído agora, não há mais o que se negociar em termos substantivos. E nós vamos dirigir nossa atenção e energias para outros parceiros importantes que estão na fila”, afirmou o ministro, sublinhando a importância do acordo em um momento de incertezas nas relações internacionais.

O sentido de urgência é compartilhado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, em reunião ministerial, destacou que esta poderia ser a última oportunidade de fechamento do acordo durante seu mandato. “Se não fizer agora, o Brasil não fará mais enquanto eu for presidente”, enfatizou Lula, alinhando-se à posição do ministro e reforçando que novas concessões não seriam possíveis.

Impacto nas relações internacionais

A expectativa em torno do acordo de livre comércio é significativa, não apenas para o Brasil, mas para todos os países do Mercosul e da UE. “Acho que a União Europeia também tem presente a importância de fazer este acordo neste momento, sobretudo quando estamos vivendo um desequilíbrio nas relações externas de todos os países”, disse Mauro Vieira, indicando que tal acordo pode funcionar como uma “rede de proteção” mútua.

Essa visão estratégica é corroborada por uma análise das condições atuais do comércio global e das novas dinâmicas econômicas que emergem em resposta a crises geopolíticas. O fortalecimento das relações comerciais entre esses dois blocos pode não só beneficiar a economia brasileira, como também ajudar a UE a diversificar suas fontes de suprimento e negociar com países da América do Sul de forma mais equilibrada.

Expansão dos mercados brasileiros

Em meio a essas discussões, Vieira destacou os esforços do Brasil em conquistar novos mercados internacionais. Ele mencionou que, sob a liderança de Lula, o país abriu 500 novos mercados apenas na agropecuária, um setor vital para a economia nacional. A expectativa é que essas novas oportunidades resultem em um aumento das exportações brasileiras de aproximadamente US$ 33 bilhões nos próximos cinco anos.

O ministro elogiou as atuações do presidente, referindo-se a Lula como o “maior divulgador do Brasil”, evidenciando seu envolvimento em mais de 60 encontros diretos com chefes de Estado estrangeiros. Esses esforços são vistos como fundamentais para a promoção das exportações brasileiras e a exploração de novos nichos comerciais no exterior.

Considerações finais

A reunião de cúpula do Mercosul em Foz do Iguaçu se apresenta como um ponto de inflexão nas relações comerciais entre o Rio Grande do Sul e a Europa. Com a pressão para um entendimento mútuo e a determinação de ambos os blocos em avançar nas negociações, a próxima semana poderá determinar não apenas o futuro das relações comerciais entre a América do Sul e a Europa, mas também o papel do Brasil na dinâmica econômica global.

Se o acordo for assinado, poderá simbolizar um novo capítulo na política externa brasileira, ao passo que um fracasso poderia estacionar as relações entre as duas regiões, forçando o Brasil a olhar para novas parcerias e alternativas comerciais.

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