No dia 17 de dezembro, um policial penal aposentado, identificado como Marcio Aparecido Bastos Barboza, foi preso em Campinas, São Paulo, após ser flagrado armazenando e compartilhando material de exploração sexual infantil. Segundo informações da Polícia Civil, ele utilizava uma identidade falsa para se passar por criança e conseguia atrair suas vítimas por meio de jogos de videogame.
Como funcionava a abordagem
De acordo com o delegado Elton Costa, responsável pela investigação, o suspeito mantinha conversas em tempo real com as crianças, conquistando sua confiança e pedindo informações pessoais, o que permitia o acesso a conteúdos pornográficos de crianças em situação de abuso. “Ele atraía as crianças por jogos eletrônicos e se aproveitava disso para toques íntimos”, explica o delegado, enfatizando a gravidade das ações do policial.
Esse caso não é isolado, pois Marcio já estava sob investigação da 2ª Delegacia de Defesa da Mulher de Campinas por dois estupros, incluindo um envolvendo uma pessoa vulnerável. Essa investigação complementar demonstrou um padrão de comportamento extremamente perigoso para o convívio com crianças.
Operação policial e os materiais apreendidos
A prisão ocorreu após os policiais cumprirem um mandado de busca e apreensão no Jardim Florence, onde foram encontrados diversos equipamentos eletrônicos e mídias que continham material de exploração sexual infantil. Entre os itens apreendidos estavam dois videogames, mídias de armazenamento, cadernos e um telefone celular. O material coletado fornece evidências substanciais das práticas ilegais do suspeito.
Reação do suspeito e implicações legais
Após a prisão, Marcio inicialmente negou as acusações, alegando desconhecimento sobre os arquivos encontrados em seu celular. Contudo, posteriormente, admitiu que acessou conteúdos pornográficos que acabaram por revelar material de crianças, o que levantou ainda mais a dúvida sobre a veracidade de suas declarações.
O caso foi registrado no 6º DP como posse e armazenamento de pornografia infantil. A pena prevista para esses crimes varia de um a quatro anos de reclusão, além de multa. O fato de o suspeito ter contato frequente com crianças acrescenta preocupação sobre o potencial risco de novos crimes.
Alerta para os pais
Diante desse cenário alarmante, o delegado Elton Costa aproveitou para alertar os pais sobre a importância de monitorar de perto as atividade dos filhos em jogos eletrônicos. “É crucial que os pais saibam o que seus filhos estão jogando e participem dessa atividade. Essa vigilância é fundamental para proteger as crianças de possíveis abusos que, muitas vezes, ocorrem de forma velada”, ressaltou Costa.
Conclusão
Este caso em Campinas reitera a necessidade de uma maior conscientização sobre os riscos associados à exploração sexual infantil, especialmente em ambientes digitais. A polícia continua a investigar outras denúncias relacionadas e está comprometida em garantir a segurança das crianças. O acompanhamento ativo dos pais e a educação sobre os perigos da internet são passos essenciais para proteger as crianças em nossa sociedade.
Para informações adicionais e atualizações, acompanhe as reportagens na g1 Campinas e fique por dentro das ações da polícia na região.
