Brasil, 18 de dezembro de 2025
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Ministério Público investiga venda clandestina de ingressos no Morumbi

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) anunciou a abertura de um inquérito para investigar um possível esquema de venda clandestina de ingressos em um camarote do Estádio do Morumbi durante o show da cantora Shakira, realizado em fevereiro deste ano. As autoridades buscam esclarecer as circunstâncias que envolveram a negociação irregular de entradas, que levantaram sérias preocupações sobre a integridade das operações do clube e das transações realizadas por seus dirigentes.

Principais envolvidos no esquema

De acordo com as investigações iniciais, os principais suspeitos desse suposto esquema são conselheiros do São Paulo FC. Entre os nomes mencionados estão Douglas Schwartzmann, ex-diretor-adjunto das categorias de base, e Mara Casares, ex-esposa do presidente do clube, Júlio Casares, que também ocupou um cargo de diretora. O CEO do São Paulo, Márcio Carlomagno, também é apontado como envolvido. A descoberta do esquema veio à tona após uma reportagem do Portal iG, que destacou a gravidade das alegações.

A situação levou o São Paulo a emitir um comunicado nas redes sociais de Júlio Casares, informando sobre a abertura de uma sindicância interna para investigar mais a fundo as questões levantadas.

A resposta do clube e as demissões

Após a repercussão das acusações, tanto Schwartzmann quanto Mara Casares decidiram pedir licença de seus cargos no São Paulo. A decisão foi tomada após a publicação de uma conversa gravada que revelava tentativas de desviar a atenção de Rita de Cassia Adriana Prado, que havia intermediado a venda clandestina. Na gravação, os conversadores tentam persuadir Rita a não expor os envolvidos em um processo judicial que envolvia uma revendedora ligada ao evento.

O camarote em questão, onde as vendas irregulares ocorreram, é frequentemente utilizado pela presidência do clube e está situado em uma área próxima à sala de Júlio Casares dentro do estádio.

Consequências e outras denúncias

O escândalo gerou um clamor entre um grupo de conselheiros do São Paulo, que solicitaram a destituição de Júlio Casares do cargo. Além das investigações referentes à venda de ingressos, o clube enfrenta outras denúncias que estão sendo analisadas pelo MPSP. Uma delas envolve acusações de gestão temerária e favorecimento ilegal em negociações durante a gestão Casares, segundo uma reclamação anônima que está sob investigação.

As ameaça e os problemas de gestão não se limitaram apenas à questão dos ingressos. Outro episódio que causou alvoroço no clube foi a contratação do médico Eduardo Rauen, que também está em meio a uma polêmica, tendo sido responsável pela prescrição do medicamento Mounjaro para atletas profissionais do São Paulo. A contratação de Rauen, intermediada por Douglas Schwartzmann, acabou leading ao seu desligamento do clube, uma vez que a prática foi amplamente contestada e expôs divisões no departamento médico do São Paulo.

Conclusão

A situação atual no São Paulo FC é crítica, e as investigações do MPSP colocam em evidência a necessidade de uma mudança na abordagem de gestão dentro do clube. Enquanto os envolvidos tentam se defender e justificar suas ações, novos desdobramentos podem surgir a qualquer momento, afetando não apenas os responsáveis, mas toda a instituição, que luta para manter sua reputação intacta em meio a tantas controvérsias.

Com a continuidade da investigação, espera-se que os fatos sejam esclarecidos e que a verdade venha à tona, restaurando a confiança dos torcedores e dos stakeholders na administração do São Paulo FC.

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