Brasil, 18 de dezembro de 2025
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Lula reafirma confiança em Galípolo, presidente do Banco Central

Na última quinta-feira (18/12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou ter “100% de confiança” no presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo. Essa declaração acontece em meio a intensas críticas direcionadas à alta taxa Selic, que permanece em 15%, o maior nível em 20 anos.

A confiança de Lula em Galípolo

Durante uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, Lula expressou seu total apoio a Galípolo, destacando que nunca foi a favor da independência do Banco Central. “Eu tenho 100% de confiança no companheiro Galípolo, presidente do Banco Central. Eu nunca fui favorável à independência do Banco Central”, declarou o petista.

Lula enfatizou que é fundamental que cada governo tenha o direito de escolher o presidente do BC, mencionando sua experiência anterior com Henrique Meirelles: “Eu fiquei oito anos com o [Henrique] Meirelles e não me arrependo, Meirelles prestou um grande serviço. Tenho certeza que o Galípolo vai prestar um grande serviço”. Para o presidente, essa ausência de um vínculo direto entre o BC e o governo atual pode prejudicar o setor econômico e a sociedade.

Expectativas sobre a Selic

O presidente do BC, Galípolo, enfrentou pressões para reduzir a taxa de juros em um cenário de inflação moderada e crescimento econômico lento. Na semana anterior, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a Selic em 15% pela quarta reunião consecutiva. Essa decisão busca assegurar a convergência da inflação para a meta estabelecida, além de lidar com a incerteza econômica global.

Essa situação levou Lula a manifestar esperanças de que a taxa de juros possa ser reduzida nas próximas reuniões do Copom. Ele afirmou: “Da mesma forma que a gente sente cheiro de chuva, eu estou sentindo cheiro de que logo logo a taxa de juros vão começar a baixar”. Apesar de expressar seus desejos, Lula ressaltou a autonomia do BC, pedindo que Galípolo tome as decisões necessárias sem pressões externas.

“Agora, o BC tem autonomia, é importante lembrar. Jamais eu farei pressão para que o Galípolo tome atitude que tem que tomar. É ele que tem que tomar a decisão. Eu espero que ele esteja cheirando o mesmo ar de desejo que eu estou cheirando agora”, afirmou.

Implicações para a Economia Brasileira

Lula acredita que uma eventual redução na taxa Selic seria benéfica não apenas para a indústria, mas também para o mercado de trabalho e a renda da população. Ele finalizou sua declaração dizendo que “se ele (Galípolo) fizer isso, vai ser bom para ele, vai ser bom para o Brasil, vai ser bom para a indústria, para o desemprego, para o salário, e vai ser bom para todo mundo”.

Em sua declaração, Galípolo, por sua vez, garantiu que não há “setas dadas, nem portas fechadas” para alterações na Selic, mantendo a imprevisibilidade que é característica das decisões monetárias. Isso indica que, apesar do desejo de Lula, quaisquer mudanças na política monetária dependerão de avaliações cuidadosas sobre a economia e suas perspectivas.

Conclusão

Em suma, as declarações do presidente Lula reafirmam seu apoio a Galípolo em um cenário econômico desafiador. Enquanto mantém uma postura de esperança em relação à redução da taxa Selic, reconhece a necessidade de autonomia do Banco Central. O futuro econômico do Brasil pode ser influenciado pelas próximas decisões do Copom, que serão aguardadas com grande expectativa tanto pelo governo quanto pela população.

O diálogo entre o governo e o BC se torna cada vez mais relevante em um contexto onde as taxas de juros podem impactar diretamente a vida econômica dos brasileiros. Resta acompanhar como essa dinâmica se desenvolverá nos próximos meses, à medida que o país busca garantir um crescimento econômico sustentável e equilibrado.

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