A inflação nos Estados Unidos apresentou uma desaceleração surpreendente em novembro, com o índice de preços ao consumidor (IPC) aumentando 2,7% em 12 meses, abaixo das previsões dos analistas que apontavam para 3,1%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pelo Departamento do Trabalho americano, após um atraso na publicação devido à paralisação do governo.
Desempenho da inflação e impacto no mercado
O crescimento do IPC, que ficou abaixo dos 3% registrados em setembro, reforça a previsão de que o Federal Reserve (Fed) poderá reduzir as taxas de juros em breve. Segundo o banco central, a meta de inflação a longo prazo é de 2%, e a recente desaceleração possui impacto positivo para o mercado financeiro. “Este dado deve fortalecer a perspectiva de cortes nos juros nos próximos meses”, afirma Sofia Almeida, economista-chefe da consultoria MacroAnalytica.
Fatores que influenciaram a desaceleração
O relatório aponta que setores como serviços públicos, veículos usados e móveis continuam pressionando a inflação, reflexo tanto das tarifas elevadas quanto do avanço da inteligência artificial na cadeia produtiva. Apesar das pressões, alguns itens, como alimentos, tiveram aumentos mais moderados, com os preços de carnes, aves, peixes e ovos subindo 4,7% em novembro.
Contexto econômico e político
O aumento moderado da inflação ocorre após uma gestão de Biden que, mesmo enfrentando altas tarifas tarifárias impassas por Trump, tentou conter a escalada de preços. Algumas empresas, por sua vez, optaram por não repassar toda a alta dos custos ao consumidor, o que ajudou a moderar o impacto no bolso do americano comum.
Desafios e perspectivas futuras
Embora os dados mais recentes forneçam esperança de estabilidade, o período de paralisação do governo, que durou 43 dias, dificulta a análise de tendências mais duradouras. Especialistas alertam que a falta de dados de outubro limita uma compreensão definitiva do desempenho econômico. Ainda assim, a expectativa é que o Fed mantenha uma postura de cautela antes de decidir novos cortes de juros, considerando o risco de inflação persistente.
Para o futuro, analistas preveem que a desaceleração da inflação possa favorecer uma política monetária mais flexível, mesmo com desafios no mercado de trabalho e na cadeia de fornecedores. O mercado financeiro, por sua vez, segue atento às próximas decisões do banco central americano.
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