Brasil, 19 de dezembro de 2025
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Exportações de relógios suíços para os EUA caem 52,3% em novembro

As exportações de relógios suíços para os Estados Unidos caíram 52,3% em novembro, após uma redução de 46,8% em outubro, conforme dados da Federação Suíça de Relojoaria. A forte queda ocorreu enquanto as empresas aguardavam a entrada em vigor da redução das tarifas de 39% para 15%, renegociadas recentemente pelo governo suíço com Washington.

Impacto das tarifas e expectativa na redução tarifária

A imposição de tarifas de 39% pelos Estados Unidos em agosto forçou as companhias suíças de relógios a adiar embarques, esperando pela implementação da redução tarifária. Segundo Yves Bugmann, presidente da Federação Suíça de Relojoaria, “esses números devem ser interpretados com cautela, pois as empresas sabiam que uma redução estava por vir e não exportaram, aguardando o novo cenário”.

Após três viagens a Washington desde agosto, o ministro da Economia, Guy Parmelin, retornou a Berna em meados de novembro com uma proposta de redução das tarifas para 15%. A implementação definitiva foi anunciada na semana passada, retroativa a 14 de novembro, o que deve reverter a tendência negativa nas exportações do setor.

Desempenho em outros mercados

Apesar do impacto nos Estados Unidos, as exportações de relógios suíços para outros países registraram crescimento. Segundo Jean Philippe Bertschy, analista da Vontobel, excluindo os EUA, houve um incremento de 2,2% nas vendas internacionais, demonstrando a resiliência da maior parte dos mercados globais. Em novembro, as exportações aumentaram 3,1% para Hong Kong e 7,9% para o Reino Unido, maior mercado europeu para relógios.

Perspectivas futuras e cenário global

O setor relojoeiro suíço enfrentou um 2025 turbulento, marcado pelas tarifas que ameaçaram sua principal fonte de receita. Mesmo com as quedas na China, o crescimento nas vendas para o Reino Unido e Hong Kong trouxe alguma esperança para o próximo ano. Ainda assim, a imprevisibilidade dos Estados Unidos mantém os fabricantes em alerta, como destacou o analista Jean Philippe Bertschy.

Segundo ele, a situação para 2026 deve ser “mista”, com o setor se adaptando às novas condições e buscando diversificação de mercados para compensar eventuais dificuldades nos EUA. O impacto dessas medidas tarifárias reforça a importância de negociações internacionais para estabilidade do setor de luxo suíço.

Fonte: O Globo

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