No último dia 17 de dezembro, o ex-jogador do Fluminense, Mario Pineida, teve sua vida ceifada em um violento ataque a tiros no Equador. O crime, registrado por câmeras de segurança, ocorreu em um açougue onde o atleta estava acompanhado de sua esposa, Guisella Fernández, que também foi atingida e não sobreviveu aos ferimentos.
O ataque e suas consequências
De acordo com a imprensa local, durante o ataque, a mãe de Pineida também foi baleada, mas conseguiu sobreviver e foi rapidamente levada a um hospital para receber tratamento. As imagens de vigilância mostram dois homens armados entrando no local e disparando contra o casal, deixando a comunidade futebolística em estado de choque e tristeza.
Pineida, que contava com apenas 33 anos, teve uma carreira notável e fez parte da seleção equatoriana nas Eliminatórias para as Copas do Mundo de 2018, na Rússia, e de 2022, no Catar. Seu último clube foi o Barcelona de Guayaquil, uma equipe que se tornou um dos símbolos da luta contra a crescente violência no país, especialmente em relação ao tráfico de drogas.
A repercussão no mundo do futebol
A morte de Mario Pineida gerou uma onda de solidariedade e luto no cenário esportivo. O Barcelona de Guayaquil emitiu uma nota lamentando a perda do jogador e solicitando aos torcedores que rezem pela família do atleta. Por sua vez, o Fluminense, onde Pineida teve uma passagem destacada, também publicou uma declaração de pesar, enfatizando que o atleta fez parte de uma campanha memorável em que o clube se sagraria campeão carioca.
“Pineida chegou ao Tricolor no início da temporada em que nos sagramos campeões cariocas. O Fluminense manifesta solidariedade aos familiares e amigos”, publicou o clube em sua nota oficial.
A escalada da violência no Equador
O crime que vitimou Pineida não é um caso isolado. O Equador está enfrentando um alarmante aumento da violência relacionada ao narcotráfico. Segundo dados do Observatório do Crime Organizado, o país pode terminar o ano com a maior taxa de homicídios da América Latina, contabilizando 52 mortes para cada 100 mil habitantes.
Em setembro, três atletas da segunda divisão do futebol equatoriano foram assassinados, com alguns dos crimes relacionados a apostas esportivas. Recentemente, um ataque a tiros feriu Bryan Angulo, ex-jogador do Santos. Tais incidentes têm levantado preocupações sobre a segurança no ambiente esportivo e a vida dos atletas no país.
A investigação do crime
O Ministério do Interior do Equador confirmou o assassinato de Mario Pineida e informou que uma unidade especial da polícia está conduzindo a investigação sobre o caso. O governo e as autoridades locais se veem pressionados a encontrar soluções para combater a violência crescente que atingiu os cidadãos, especialmente aquelas figuras públicas com maior visibilidade.
Este trágico evento não apenas marca a vida e carreira de Mario Pineida, mas também destaca a crise de segurança que afeta o Equador, levantando questões sobre a proteção dos cidadãos em meio a um cenário de crescente criminalidade. Trechos da vida esportiva de Pineida e as memórias que ele deixou na comunidade são um lembrete da fragilidade da vida, em contraste com a paixão intensa e a alegria que o futebol proporciona.
À medida que o país se esforça para enfrentar essa espiral de violência, muito ainda precisa ser feito para garantir a segurança de todos, atletas ou não, e para que tragédias como a de Mario Pineida não aconteçam novamente.
Os clubes, torcedores e a sociedade em geral devem se unir na luta contra a violência, homenageando Pineida e todos os que perderam suas vidas em circunstâncias tão trágicas. A memória do jogador viverá não apenas em campo, mas também na luta pela justiça e pela segurança no Equador.


