No último encontro da série “Cultura da Vida”, Marlon e Ana Carolina Derosa, professores de pós-graduação em Bioética e fundadores do Instituto e Editora Pius, discutiram temas pertinentes à dignidade da vida humana e o papel da família como guardiã da vida. O evento, que ocorreu no contexto do Advento, destacou a expectativa e esperança que envolvem tanto a espera do Natal quanto a gestação. Ambos momentos são vistos como períodos de grande significado, que promovem a reflexão sobre a vida que se forma no lar e a transformação que ela traz.
Expectativa e esperança no Advento
O Advento é um tempo de preparação, de espera ativa e cheia de significado. Marlon e Ana Derosa enfatizaram que assim como na gestação, essa época é marcada por uma profunda expectativa. “Ambas as experiências, o Advento e a gravidez, anunciam uma vida nova que transforma tudo ao redor”, afirmaram. Essa reflexão convida as famílias a se prepararem interiormente para acolher e celebrar a vida, ressaltando que a missão a ser vivida na Sagrada Família é um convite a todas as famílias cristãs.
A Igreja, durante esse período, também sugere fortalecer os laços familiares, renovando a espiritualidade dos casais e educando os filhos segundo a dignidade humana. O amor cotidiano, segundo Marlon e Ana, é o primeiro evangelho que as crianças leem em casa. Além disso, o Advento é um momento oportuno para se olhar para a comunidade, apoiar mães em situações difíceis e criar espaços acolhedores para gestantes vulneráveis.
A Sagrada Família como modelo
Marlon e Ana Derosa afirmaram que a Sagrada Família é o modelo perfeito de santidade e acolhimento da vida. Maria, escolhida para ser a mãe do Salvador, e José, designado para ser seu pai, são exemplos de como cada família pode corresponder à vontade divina. Essa relação entre o sagrado e o cotidiano é essencial para entender a importância de acolher a vida. A vivência das virtudes de Maria e José deve ser um objetivo para todos que desejam edificar suas famílias em níveis de santidade.
“O chamado é para que cada matrimônio cristão se torne um santuário da vida”, explicaram. O “fiat” de Maria — “Faça-se em mim segundo a Tua palavra” — deve ecoar nas decisões desse casal que acolhe a vontade de Deus, abertamente se dispondo à fecundidade, tanto a natural quanto a espiritual.
Gestação como uma bênção de Deus
A gestação, segundo Marlon e Ana, é um momento singular e divinamente protegido. Desde a concepção, a mulher é mãe, e o bebê é uma vida única e irrepetível. A Escritura aborda essa verdade ao relatar que João Batista já exultava no ventre de sua mãe ao encontrar Jesus. Essa presença oculta e santa transforma um casal em família, revelando a grandeza do poder criador de Deus.
O cuidado pela vida, destacam os educadores, deve ser uma ação intencional e ampla, especialmente em tempos de insegurança influenciados por uma visão antinatalista que pode sufocar a alegria da gestação. Maria e José enfrentaram desafios com fé, e esse exemplo deve guiar casais que buscam viver a plenitude da vida.
Defendendo a vida segundo as escrituras
A dignidade da vida, conforme identificado pelos Derosa, não deve estar vinculada às condições materiais, mas sim à sua origem divina. Cristo, ao nascer de forma humilde, ensina que toda fragilidade humana é sagrada. Defender a vida, portanto, não se limita a um posicionamento contra o aborto, mas envolve ações concretas para apoiar gestantes vulneráveis e cuidar dos que ainda não nasceram.
“Neste período que antecede o Natal, é vital para cada casal refletir sobre sua abertura à vida e sua fecundidade”, alertaram. Para isso, a Igreja deve unir esforços para acolher e fortalecer as iniciativas que promovam a valorização da vida.
Assim, o convite dos Derosa se estende a todos: cultivar um ambiente familiar que respeite e celebre a vida, em todas suas formas e condições, sempre guiados pelo amor e pela fé.
Um grande abraço a todos os leitores e um convite à reflexão nesse Advento especial!
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