Brasil, 18 de dezembro de 2025
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Correios avalia transformar empresa em sociedade de economia mista

A direção dos Correios pretende contratar em 2026 uma consultoria e um banco de investimentos para apresentar soluções que permitam à estatal competir com gigantes estrangeiros do setor de logística e transporte, além de tentar recuperar o equilíbrio financeiro. A iniciativa faz parte do plano de reestruturação e seria a terceira etapa do processo, após regularizar dívidas em atraso, cortar gastos com pessoal e operacionais e firmar parcerias para ampliar a gama de serviços oferecidos.

Possíveis caminhos para a recuperação dos Correios

Segundo a direção da estatal, há duas possibilidades em análise: a transformação dos Correios em uma sociedade de economia mista e a formação de parcerias estratégicas com o setor privado, incluindo bancos. Atualmente, os Correios são uma empresa totalmente estatal, sem dependência do Tesouro Nacional, mas acumulando prejuízos sucessivos com previsão de perda de R$ 23 bilhões até 2026.

Sociedade de economia mista sem privatização

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que, enquanto for presidente, a privatização da estatal não será considerada. Em encontro com jornalistas nesta quinta-feira, o líder afirmou: “Enquanto eu for presidente, não tem privatização. O que podemos ter é parceria com empresas, como italianos que têm interesse em parceria. Pode ter parceria, economia mista, mas privatização não vai ter”.

O governo pretende que o processo para transformar os Correios em uma sociedade de economia mista envolva a abertura de capital, possibilitando a entrada de investidores privados, enquanto o controle da empresa permanecerá com o Estado. A estratégia visa atrair recursos e expertise do setor privado para fortalecer a competição no mercado.

Reforço na gestão e recuperação do negócio

De acordo com a direção da estatal, a contratação de uma consultoria será fundamental para apurar as possibilidades reais no mercado e viabilidade do processo de abertura de capital, que costuma levar cerca de dois anos em empresas com saúde financeira. Contudo, o processo dos Correios é considerado mais complexo devido à situação financeira atual da empresa.

O presidente delegou à ministra da Gestão, Esther Dweck, a responsabilidade de liderar as ações para reverter os prejuízos. “Ela tem que nos entregar os Correios recuperados, não tenho interesse em ver os Correios dando prejuízo, o povo brasileiro não tem que conviver com isso”, afirmou Lula.

Impactos e próximos passos

O objetivo da administração é encontrar soluções que promovam a sustentabilidade financeira da estatal, impedindo que os prejuízos continuem a se acumular. Segundo fontes próximas, o processo de transformação deve ser conduzido de forma gradual, respeitando as limitações atuais do setor e o contexto político.

Mais detalhes sobre o projeto e o cronograma para contratação da consultoria e do banco de investimentos ainda serão definidos, mas a expectativa é que as ações comecem a ser concretizadas a partir do próximo ano, visando contribuir para a melhora do desempenho financeiro dos Correios.

Para mais informações, consulte a notícia completa no Globo.

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