Brasil, 18 de dezembro de 2025
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Agricultores protestam contra acordo UE-Mercosul em Bruxelas

Na manhã desta quinta-feira (18), milhares de agricultores de vários países europeus protestaram em Bruxelas contra o acordo entre União Europeia e Mercosul. Os manifestantes, que mobilizaram-se com centenas de tratores, realizaram atos como queima de pneus e atiraram objetos na polícia perto do Parlamento Europeu, em um movimento de forte repercussão internacional.

Protestos contra o acordo UE-Mercosul e o impacto no setor agrícola europeu

Os agricultores europeus argumentam que o tratado prejudica setores estratégicos da agricultura do continente, como carne bovina, aves, açúcar e soja. A oposição liderada pela França é grande, embora países como Itália, Hungria e Polônia apoiem o acordo. A principal crítica é que o tratado ameaça os padrões ambientais e sociais adotados na Europa.

Rejeição à redução de subsídios e insegurança no campo

Além da resistência ao tratado comercial, os produtores rurais protestam contra uma possível diminuição de subsídios financeiros à agricultura, tema em discussão na Comissão Europeia. Segundo a Federação Valona de Agricultura (FWA), há uma proposta de redução de mais de 20% na verba da Política Agrícola Comum (PAC) para 2028-2034, enquanto o acordo com o Mercosul segue encaminhado, o que os agricultores consideram inaceitável.

“A União Europeia está propondo uma redução de mais de 20% no orçamento para a próxima PAC, enquanto continua ratificando o acordo com o Mercosul. Isso é totalmente inaceitável”, afirmou a entidade belga na manifestação, que contou com a participação de sindicatos como a Copa-Cogeca, principal lobby agrícola europeu.

Descontentamento e alegações de normas ambientais distintas

Os agricultores argumentam que os países sul-americanos não cumprem os mesmos padrões ambientais e sociais exigidos na União Europeia. Segundo Hugues Falys, do sindicato belga Fugea, há uma desconfiança significativa em relação aos mecanismos de controle propostos pela Comissão Europeia para garantir o cumprimento dessas normas.

“A revolta nas áreas rurais está atingindo níveis sem precedentes”, declarou a Confédération Paysanne, terceiro maior sindicato agrícola da França. O descontentamento também é agravado pela crise na saúde animal, especialmente na França, onde a epidemia de dermatose nodular contagiosa (DNC) provoca forte reação devido às ações de emergência, como abates em massa de gado.

Crise no campo e tensões internacionais

O protesto reflete um momento de grande tensão no setor, que luta para manter seus direitos e garantir mercados compatíveis às suas normas. A manifestação vem em meio a debates políticos na União Europeia, que precisam decidir sobre o futuro do acordo e as políticas agrícolas do bloco.

Próximos passos e perspectivas do conflito

Enquanto os protestos continuam, o governo europeu enfrenta o desafio de equilibrar interesses comerciais com as vozes do setor agrícola. A assinatura do tratado ainda está pendente de decisões finais, com a oposição de alguns países e a pressão por alternativas para proteger os agricultores europeus.

Para mais detalhes, acesse a matéria completa no G1.

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