Brasil, 18 de dezembro de 2025
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2025 rompe com a agenda tradicional de combate às mudanças climáticas

Em 2025, o cenário mundial de ações climáticas se transformou drasticamente, com negociações internacionais fracassando em propostas fundamentais, enquanto países e empresas seguiram estratégias diversas. O exemplo mais emblemático foi a cúpula COP30, realizada em Belém, onde a iniciativa global de cortar emissões de gases de efeito estufa mostrou-se fragmentada, refletindo a deterioração do esforço multilateral.

Fracasso nas negociações globais e o papel das energias fósseis

Apesar do esforço de alguns países para promover a eliminação dos combustíveis fósseis, a resistência das grandes nações produtoras de petróleo, gás e carvão impediu que essas questões fossem oficialmente pautadas na conferência. Como consequência, o texto final omitiu menções explícitas à frase “combustíveis fósseis”, símbolo das divisões internas na questão ambiental.

Impacto do cenário político dos EUA na política climática global

Após a posse de Donald Trump em 2017, muitos imaginavam uma parada total nas ações ambientais dos Estados Unidos. No entanto, o que se viu foi uma continuidade fragmentada, com o país adotando uma postura de isolamento e de reforço aos interesses econômicos de curto prazo. O governo reduziu o apoio a energias renováveis, como solar e eólica, e lançou ataques à ciência climática, dificultando a cooperação internacional.

Economia e inovação como motores de mudança

Apesar da política interna adversa, a economia estadunidense começou a se movimentar por conta própria, com crescimento da demanda de energia, impulsionada por centros de dados de inteligência artificial. Ainda assim, os EUA permanecem entre os países que mais emitem gás carbônico, embora suas emissões tenham se estabilizado, ao contrário de outros países com políticas mais progresistas.

O papel da China e a evolução das energias renováveis

China consolidou-se como uma potência mundial da tecnologia limpa, ampliando suas exportações de painéis solares — aumento de 73% na primeira metade do ano — a preços recordes, segundo dados do think tank Ember. Assim, países que buscam crescimento econômico têm se voltado para as energias renováveis, tornando-se irresistíveis economicamente.

A mudança de foco: adaptação versus redução de emissões

Com a escalada de desastres climáticos — enchentes, ondas de calor e incêndios — o mundo passou a priorizar a adaptação às mudanças já em curso. Analistas destacam que, diante do aumento de custos e riscos, estratégias de preparo e infraestruturas resilientes tornaram-se essenciais, marcando uma evolução na abordagem tradicional, que priorizava a redução de emissões.

Perspectivas futuras

Segundo especialistas, o cenário de 2025 evidencia a necessidade de combinar intensamente ações de mitigação com estratégias de adaptação, enquanto o tempo para evitar danos irreversíveis se esgota rapidamente. A contínua fragmentação das ações globais reforça o desafio de construir um compromisso efetivo na luta contra as mudanças climáticas.

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