Brasil, 18 de dezembro de 2025
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União Brasil rejeita indicação de Gustavo Damião para o Turismo

A cúpula do União Brasil rejeitou a indicação de Gustavo Damião para o Ministério do Turismo, uma decisão que retrata as tensões internas do partido e sua complexa relação com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O nome de Damião, filho do deputado Damião Feliciano (União-PB), foi sugerido ao presidente Lula como um possível substituto para Celso Sabino, que recentemente foi demitido do cargo. Essa situação evidencia não apenas a fragilidade do Centrão, mas também o desafio que o governo enfrenta para manter a unidade entre os partidos que compõem sua base.

Um cenário de descontentamento

A recente rejeição à indicação de Gustavo Damião é vista como um movimento estratégico dentro do União Brasil, um partido que tem se distanciado de Lula. O acordo inicial feito com o presidente contava apenas com o apoio de uma parte da legenda. Antes de oficializar sua nomeação, Damião se reuniu com a cúpula da legenda, apresentando sua carta de desfiliação. Ele e seus aliados se comprometeram a não retaliar a decisão, mas a divisão interna ficou exposta.

O que levou à demissão de Sabino?

Celso Sabino havia assumido o cargo em 2023 com o apoio do União Brasil, mas a relação se deteriorou rapidamente, culminando no afastamento do ministro. A legenda decidiu romper com o governo e emitiu uma ordem para que Sabino deixasse sua posição no ministério. O ex-ministro resistiu, mas acabou expulso do partido, criando um vácuo na pasta e novo desafio para Lula, que precisou buscar um novo nome para a função.

Assim, o governo se encontra em um novo momento, tentando lidar com as mudanças e encontrar aliados em um cenário em que o Centrão vem perdendo influência política, especialmente com as eleições de 2026 se aproximando. O clima de incerteza e instabilidade reina nos bastidores, e diversos fatores determinam os próximos passos do governo e do partido.

Gustavo Damião: entre prós e contras

A indicação de Gustavo Damião surge como uma tentativa de acalmar um núcleo do União Brasil que ressoa com a agenda do presidente Lula. Além disso, a escolha pode ser uma estratégia para garantir apoio em pautas econômicas que são cruciais para a gestão atual. Em conversas informais, lideranças do partido destacam que essa troca no Ministério do Turismo pode ser vista como uma solução que cogita de “5 a 30” deputados, uma alusão ao número indefinido de apoiadores que a posição pode atrair.

Outro fator a ser considerado na escolha de Damião é seu relacionamento estreito com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que elogiou publicamente sua indicação. “Eu tenho uma ótima relação com o deputado Damião Feliciano e conheço bem o trabalho do Gustavo na Secretaria do Governo da Paraíba. Se essa for a escolha do presidente, será uma escolha feliz”, declarou Motta ao Metrópoles.

O futuro político do União Brasil

A situação atual do União Brasil reflete um ambiente político cargado de desconfiança e disputas internas. Com a saída de Celso Sabino e a rejeição à indicação de Damião, o partido enfrenta um desafio de se reafirmar em um governo que já tem mostrado que qualquer movimento em falso pode ser custoso. A luta por influência na governança e a coesão interna são essenciais, principalmente com um eleitorado em constante mudança e uma administração que busca tranquilidade em um cenário turbulento.

Neste contexto, a batalha interna do União Brasil pode ser um indicativo do que está por vir. A forma como os líderes do partido lidarem com essas tensões pode moldar não apenas a trajetória política do governo Lula, mas também a futura influência do União Brasil nas próximas eleições.

À medida que tudo isso se desenrola, os olhos da política nacional permanecem focados no União Brasil e nas possíveis repercussões que este episódio pode ter no fortalecimento ou na fragilização do governo.

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