Brasil, 17 de dezembro de 2025
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Silvinei Vasques pede exoneração após condenação do STF

Na manhã dessa terça-feira, 16 de dezembro, o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques pediu a exoneração do cargo de secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação de São José, município localizado na Grande Florianópolis (SC). Este pedido ocorre após a condenação de Vasques pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 24 anos e 6 meses de prisão, por sua participação na tentativa de golpe que ocorreu em 2022.

Decisão tomada após condenação

Vasques estava à frente da secretaria desde janeiro deste ano, após ser nomeado pelo prefeito Orvino Coelho d’Ávila (PSD). O pedido de desligamento foi feito no mesmo dia em que o STF concluiu o julgamento dos réus do núcleo 2 da trama golpista. A saída de Vasques foi confirmada pela prefeitura em uma nota oficial, que se limitou a agradecer sua contribuição durante o período em que ele esteve à frente da pasta. Contudo, até o momento, informações sobre quem assumirá o cargo ainda não foram reveladas.

“A Prefeitura de São José informa que Silvinei Vasques solicitou sua exoneração do cargo de secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação. O Município agradece a contribuição prestada durante o período em que esteve na Prefeitura”, diz o comunicado.

Detalhes do julgamento e condenação

Pena e outros réus envolvidos

No julgamento realizado pela Primeira Turma do STF, Silvinei Vasques recebeu a segunda maior pena entre os condenados do núcleo 2, ficando atrás apenas do general da reserva do Exército, Mário Fernandes, que foi considerado pelos ministros como uma das figuras centrais do grupo envolvido no esquema. Outros três réus também foram condenados: Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor internacional da Presidência da República; Marcelo Costa Câmara, coronel da reserva do Exército e ex-assessor da Presidência; e Marília Ferreira de Alencar, delegada e ex-diretora de Inteligência da Polícia Federal. Além disso, Fernando de Sousa Oliveira, delegado da Polícia Federal, foi absolvido pelos magistrados.

O que motivou a condenação

Silvinei Vasques foi condenado por tentativa de interferência nas eleições presidenciais do segundo turno de 2022. De acordo com a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-diretor teria ordenado a realização de bloqueios e blitzs em regiões onde o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve um desempenho eleitoral mais expressivo no primeiro turno.

As ações de Vasques, conforme a acusação, buscavam dificultar o deslocamento dos eleitores até os locais de votação, criando um cenário adverso que poderia prejudicar a escolha do eleitorado. Apesar das acusações, a defesa de Vasques refutou as alegações e anunciou que pretende recorrer da decisão tomada pelo STF.

Impacto e próximas ações

A condenação de Silvinei Vasques e seu pedido de exoneração do cargo são marcantes na histórica política brasileira, sinalizando um desdobramento significativo nas investigações sobre as tentativas de golpe que ameaçaram a democracia do país. O impacto disso nas próximas eleições e sobre a gestão de São José ainda está para ser determinado, mas o caso sem dúvida levantou questões cruciais sobre a conduta de servidores públicos e a integridade dos processos eleitorais.

Os desdobramentos das ações judiciais e as possíveis reações no cenário político são esperados com vigilância por parte da sociedade e da imprensa. O acompanhamento das apelações que a defesa de Vasques irá realizar também será um ponto-chave nos próximos dias.

Em conclusão, a saída de Silvinei Vasques da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação reflete não apenas a sua condenação, mas também a fragilidade das estruturas políticas que envolvem condutas éticas esperadas de figuras públicas.

Com informações do NSC Total, parceiro do Metrópoles.

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