Brasil, 18 de dezembro de 2025
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Gleisi Hoffmann se reúne com Antonio Rueda sobre novo ministro do Turismo

Numa movimentação política significativa, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, encontrou-se recentemente com o presidente do União Brasil, Antonio Rueda. O principal assunto da reunião foi a nomeação de Gustavo Feliciano, filiado ao partido, como o novo ministro do Turismo. Essa mudança no ministério reflete a busca por maior apoio político, especialmente em um ano eleitoral que se aproxima.

O processo de negociação para a nova nomeação

A entrada de Gustavo Feliciano no governo foi facilitada por negociações que envolveram o líder do União Brasil, Pedro Lucas, e o ex-ministro e deputado Juscelino Filho. Após diversas conversas entre os parlamentares e o Palácio do Planalto, Gleisi se reuniu com Rueda para garantir que o dirigente não se oporia à indicação de Feliciano. Segundo fontes do governo, essa resposta foi crucial para o avanço da nomeação.

Gustavo é filho do deputado Damião Feliciano, também do União Brasil, o que adiciona uma dimensão familiar à política envolvida. O apoio do União Brasil é vital para que o governo Lula consiga avançar em suas propostas, especialmente em função da reeleição do presidente, prevista para o próximo ano.

A relação entre o União Brasil e o governo Lula

A relação entre o União Brasil e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrentou desafios. Em agosto, um desentendimento entre Lula e Rueda fez com que o partido exigisse a saída de seus representantes do governo. O clima entre os líderes era tenso, especialmente após críticas de Rueda durante um ato da federação com o progressistas (PP).

Em setembro, a crise se aprofundou, levando os partidos a decidirem que suas representações no governo deveriam ser mantidas à parte da gestão petista. Esse episódio gerou descontentamento, especialmente junto ao então ministro do Turismo, Celso Sabino, que foi expulso do União Brasil por sua postura de permanecer no governo.

Implicações políticas da nomeação

A nomeação de Feliciano significa não apenas uma alteração no setor de turismo, mas também uma estratégia política para Lula. O presidente espera contar com o apoio de cerca de 25 dos 59 deputados do União Brasil em sua campanha de reeleição. Essa sinalização de aproximação, embora cautelosa, pode ser vista como uma tentativa de fortalecer alianças no atual cenário político polarizado.

Ainda que Rueda tenha concordado em não se opor à entrada de Feliciano, seu apoio não é garantido, uma vez que ele tem se engajado em construir uma candidatura na centro-direita para enfrentar Lula nas eleições de 2026. A troca de cordialidades entre Rueda e Gleisi pode indicar um espaço explorável para uma nova fase de relacionamento entre o União Brasil e o governo Lula.

Compliance e expectativas futuras

Por sua vez, Rueda, em conversas com interlocutores, negou qualquer envolvimento ativo nesse processo. Diante das incertezas, Damião Feliciano procurou outros dirigentes do partido para verificar se poderia haver retaliações devido à nomeação do filho. Informações que vieram à tona indicam que não há quaisquer movimentos contrários nesse sentido, um sinal de que a dinâmica interna do partido e o governo ainda podem ser moldados por novas negociações nos próximos meses.

À medida que Lula se prepara para a corrida eleitoral do próximo ano, o fortalecimento das alianças, como a que pode estar sendo construída com o União Brasil, será crucial. A política brasileira continua a se desdobrar em um cenário onde cada movimento pode ter repercussões significativas na luta por poder e influência.

Com as peças do tabuleiro político se movendo rapidamente, resta saber como essa nova nomeação impactará a governabilidade de Lula e suas estratégias para se manter relevante em um ambiente cada vez mais competitivo.

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