Brasil, 17 de dezembro de 2025
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Flamengo e PSG: torcedores no Rio vivem emoções intensas na final

Na tarde desta quarta-feira, a paixão e a devoção dos torcedores rubro-negros ganharam vida nas ruas do Rio de Janeiro, a mais de 11 mil quilômetros do Estádio Ahmed Bin Ali, em Al Rayyan, Catar. A final entre Flamengo e Paris Saint-Germain pela Copa Intercontinental (conhecida como mundial de clubes) atraiu um público ansioso, que se aglomerou em bares e praças para torcer pelo time do coração. A tradição do Baixo Gávea, reduto histórico da torcida, recebeu os flamenguistas que, entre gritos e choros, viveram uma montanha-russa emocional durante a partida.

Festa e expectativa nas ruas do Rio de Janeiro

Nos bares, o clima era de festa, com os torcedores se unindo ao redor das telas para acompanhar cada lance do jogo. Ao contrário do Catar, onde há restrições, no Rio de Janeiro a bebida e a comida fluíam livremente. As vendas de faixas de bicampeão mundial a R$30 antes do início da partida mostravam a expectativa da torcida. “Alguns torcedores compram a faixa antes do jogo por superstição”, comentou Luís Adriano da Silva, vendedor ambulante e fanático do Flamengo, garantindo que não havia azar em antecipar a celebração.

A tensão do jogo e o desfecho marcado por emoção

O jogo começou com sustos e alegrias. O gol anulado de Fabian Ruiz pelo PSG foi uma explosão de alívio para os flamenguistas, que entoavam gritos de incentivo. Entretanto, os momentos de alegria logo deram lugar à preocupação, com o time francês abrindo o placar com um gol de Kvaratskhelia. A torcida se manteve esperançosa até que, após um pênalti sofrido por Arrascaeta, Jorginho empatou a partida, resultando em uma euforia contagiante nas ruas, com banhos de cerveja e fogos de artifício.

Rubro-negros comemoram gol de Jorginho — Foto: Marcelo Theobald
Rubro-negros comemoram gol de Jorginho — Foto: Marcelo Theobald

O desfecho num cenário de dor e esperança

Com a partida indo para a prorrogação, a atmosfera nas ruas se tornava tensa, com cada chutada para fora do PSG gerando comemorações entre os torcedores com esperanças renovadas de um título, semelhante ao de 1981. Contudo, a disputa de pênaltis foi cruel. Quatro cobranças erradas pelo Flamengo acompanhadas de nervosismo extremergeram a torcida que, ao redor da TV, assistia com corações acelerados. O desfecho, com o PSG se sagrando campeão europeu e levando o título para casa, deixou marcas profundas na alma flamenguista.

A tristeza foi palpável entre as torcedores. Juliane Braga, do grupo “Flamed”, formado por médicas amigas de infância, disse que seus olhos se encheram de lágrimas ao ver as cobranças se perderem. “Achei que fosse ganhar na prorrogação, mas, nos pênaltis, não”, confessou. Acompanharam de perto outras torcedoras, que tinham viajado até os Estados Unidos só para ver o Flamengo, e que compararam a dor da derrota atual com outras experiências passadas.

A médica Letícia Huguenin, também da torcida, expressou sua apreensão: “Amigo, não sei como não infartei até aqui”, enquanto tentava utilizar um terço para apaziguar a tensão. Gabrielle Braga, em uma leve brincadeira, comentou sobre as cobranças de pênalti, desejando que o antigo ídolo, Gabigol, estivesse em campo para essas oportunidades.

Torcedores do Flamengo acompanharam a final nas ruas do Rio — Foto: Marcelo Theobald
Torcedores do Flamengo acompanharam a final nas ruas do Rio — Foto: Marcelo Theobald

O dia foi verdadeiramente marcado por um ponto facultativo decretado pelo Governo do Estado, o que permitiu que muitos torcedores pudessem acompanhar a partida com mais tranquilidade. Laís Nogueira, uma inspetora de equipamentos que conseguiu se liberar mais cedo do trabalho, avaliou que o Flamengo teve “muito mais” oportunidades de vencer este mundial em comparação ao embate contra o Liverpool em 2019. Sua conclusão foi sombria, mas otimista: “Perder nos pênaltis é mais doloroso do que uma derrota no tempo regulamentar”, refletindo sobre a expectativa criada em torno da vitória e o desfecho amargo.

O Flamengo pode não ter conquistado o título, mas a paixão inabalável de sua torcida deixou claro que a história continua, e que novas batalhas vêm pela frente.

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