Brasil, 17 de dezembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Feminicídio é responsabilidade dos homens, afirma Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou, nesta quarta-feira (17/12), durante a última reunião ministerial de 2025, que o combate ao feminicídio é uma responsabilidade direta dos homens. Em suas declarações, Lula enfatizou que essa luta não deve ser atribuída apenas às mulheres, reforçando a importância da participação masculina na erradicação da violência de gênero.

A responsabilidade compartilhada no combate ao feminicídio

Segundo Lula, é fundamental que os homens reconheçam seu papel na luta contra o feminicídio. “Essa luta é para nós, homens”, afirmou o presidente, sublinhando que as mulheres não devem ser responsabilizadas pela violência que sofrem. “Não é a mulher que é a agressora, é vítima de agressão. Se nós, homens, somos algozes, precisamos assumir para nós a tarefa de sermos solidários às mulheres”, reforçou.

Os números alarmantes de feminicídio registrados no Brasil nos últimos anos foram um ponto central na fala de Lula. Ele lamentou a situação e ressaltou que é urgente implementar mudanças efetivas e um trabalho em conjunto com o Poder Público: “Enquanto governo, nós precisamos mudar de comportamento”, observou. O presidente defendeu a necessidade de políticas integradas com o Ministério das Mulheres, pois a luta por um ambiente mais seguro para as mulheres não deve ser exclusiva desse ministério, mas sim uma missão coletiva do governo.

Importância das políticas públicas

Lula insistiu na necessidade de apoio e colaboração entre os ministérios para abordar a questão da violência contra a mulher com a seriedade que ela merece. Ele mencionou que frequentemente a ministra das Mulheres, Márcia, procura apoio e enfrenta dificuldades em sua busca. “A política para as mulheres não é apenas do Ministério das Mulheres, é do governo”, afirmou, destacando a responsabilidade de todos os ministros em integrar essa pauta em suas atividades.

Além disso, o presidente salientou que todos os membros do governo devem incluir o combate ao feminicídio em suas agendas. “Enquanto vocês estiverem no governo, vão ter de tocar a questão do feminicídio na pauta de vocês, para que a gente transforme isso em uma causa do Planalto”, concluiu.

Educação como ferramenta de mudança

Em sua intervenção, Lula também fez um apelo à importância da educação na mudança de comportamentos que perpetuam a violência. Ele destacou que é responsabilidade dos homens educar aqueles que “batem e violentam” mulheres. “Precisamos ensinar nossos filhos e irmãos a respeitar as mulheres,” disse, enfatizando que a educação deve ser a base para a transformação cultural que busca eliminar a violência de gênero.

O contexto da reunião ministerial

A reunião ministerial ocorreu na Granja do Torto, em Brasília, e teve como objetivo discutir as principais entregas do governo até o momento, além de abordar a transição nos ministérios com a saída de alguns ministros para concorrer nas eleições do próximo ano. Durante o encontro, foi tratado também a sanção da isenção do Imposto de Renda (IR) para aqueles que ganham até R$ 5 mil, entre outras ações significativas de interesse social.

Com essas declarações, Lula reafirma seu compromisso com a luta contra a violência de gênero e a necessidade de uma maior participação masculina nesse enfrentamento, evidenciando que a mudança deve ser coletiva e que todos têm um papel a desempenhar.

Por fim, a proposta do presidente não apenas ressoa no contexto político, mas também apela a uma mudança de mentalidade na sociedade brasileira, ressaltando a urgência de transformar o combate ao feminicídio em uma prioridade nacional.

Fonte

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes