O Conselho de Administração dos Correios aprovou nesta quarta-feira (17) um empréstimo de R$ 12 bilhões negociado com um grupo de cinco bancos, incluindo Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. A operação ainda depende da análise e possível aprovação do Tesouro Nacional, que avaliará a garantia da União para o crédito.
Detalhes da proposta de empréstimo aos Correios
O financiamento foi realizado por instituições financeiras que propuseram um prazo de pagamento de 15 anos, com três anos de carência e juros equivalentes a 115% do CDI ao ano, taxa próxima à Selic, considerando as’ oscilações do mercado bancário. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, há possibilidade de o aval ser concedido até esta sexta-feira, após análises finais.
Reestruturação e condições para o socorro
A concessão do empréstimo está condicionada à implementação de um plano de reestruturação dos Correios, que inclui medidas de corte de gastos e aumento de receitas. As ações previstas envolvem o desligamento de 15 mil funcionários, sendo 10 mil em 2026 e outros 5 mil em 2027, via plano de demissão voluntária (PDV), além do fechamento de 1 mil unidades físicas.
Modernização e ampliação de serviços
Para ampliar as receitas, espera-se firmar parcerias com o setor privado, diversificando os serviços oferecidos pela estatal. A estratégia visa garantir que os Correios retornem ao lucro até 2027, após anos de dificuldades financeiras.
Contexto de negociações anteriores
Na tentativa anterior, o grupo de bancos formado por Citibank, BTG Pactual, ABC Brasil, Banco do Brasil e Safra propôs um empréstimo de R$ 20 bilhões com juros de 136% do CDI. Todavia, o Tesouro Nacional recusou essa proposta por exceder o limite de 120% do CDI considerado compatível com a garantia da União.
De acordo com o Conselho de Administração, a operação atual está dentro do padrão aceitável, o que pode facilitar sua aprovação pelo Tesouro nesta semana.
Perspectivas futuras
Se concretizado, o empréstimo ajudará os Correios a equilibrar suas finanças e se reestruturar, buscando sustentabilidade financeira por meio de otimizações operacionais e ampliação de parcerias comerciais.
Mais detalhes sobre o processo de aprovação podem ser acompanhados no site do Globo.


