Brasil, 17 de dezembro de 2025
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Banco Central reduz previsão de déficit e mantém expectativa de corte de juros para 2024

O Banco Central do Brasil ajustou para cima a expectativa de crescimento do PIB de 2024, enquanto reduzia a projeção de déficit primário, que passa a ficar no limite inferior da meta estabelecida pelo governo. A instituição também manteve a expectativa de início do ciclo de corte de juros em janeiro, apesar de apontar que o cenário externo e interno apresenta desafios.

Perspectivas fiscais e crescimento econômico

De acordo com o relatório do Banco Central, o resultado primário deverá ficar em -0,5% do PIB neste ano, ligeiramente melhor do que a previsão anterior de -0,6%. A expectativa é que nos anos seguintes haja deterioração, com resultados de -0,8% em 2026 e -0,9% em 2027, caso o atual arcabouço fiscal seja mantido e sem novas fontes de receita. Segundo a instituição, essa projeção reflete a manutenção do cenário atual, sem grandes mudanças na política fiscal.

Policy de juros e cenário externo

O Itaú Unibanco reiterou sua previsão de que o ciclo de corte dos juros começará em janeiro de 2024, embora advirtando que as condições para esse movimento estejam mais desafiadoras. Segundo o banco, “uma barra mais alta para esse movimento foi colocada”, mas o cenário de desaceleração da atividade econômica e melhora da inflação continuam favorecendo o início do ciclo de cortes.

O banco projeta que a taxa Selic fechará 2026 em 12,75% e chegará a 11,75% em 2027, sinalizando uma trajetória de redução gradual. Quanto ao dólar, a estimativa se manteve em R$ 5,50 para 2026 e R$ 5,70 para 2027. O relatório destaca que, apesar de o cenário externo favorecer cortes de juros e uma possível apreciação do real, fatores domésticos, como a instabilidade política em anos eleitorais, devem limitar essa valorização cambial.

Impacto do cenário externo e fatores domésticos

Para o banco, o cenário externo está mais benigno, com expectativas de juros americanos mais baixos e enfraquecimento do dólar em relação ao real no próximo ano. No entanto, “fatores domésticos limitam tal movimento”, com o prêmio de risco elevado em anos eleitorais impactando a taxa de câmbio, o que pode compensar parcialmente o ambiente externo mais favorável.

Mais detalhes sobre as projeções e análises do Banco Central estão disponíveis no [reportagem publicada pelo O Globo](https://oglobo.globo.com/blogs/miriam-leitao/post/2025/12/itau-aumenta-previsao-de-crescimento-do-pib-reduz-estimativa-para-inflacao-e-deficit-e-projeta-corte-juros-em-janeiro.ghtml).

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