Brasil, 24 de dezembro de 2025
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Copom mantém taxa Selic em 15% ao ano pela quarta vez consecutiva

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (10), manter a taxa Selic em 15% ao ano, nível não visto desde julho de 2006. A decisão foi amplamente esperada pelo mercado financeiro, que acompanha o cenário de incertezas e inflação em ritmo lento de convergência à meta.

Manutenção da Selic reflete cautela diante da inflação

O Banco Central justificou a decisão com o cenário marcado por elevada incerteza, destacando que a estratégia de manutenção da taxa de juros por um período prolongado é adequada para garantir a convergência da inflação à meta. Segundo o comunicado, o BC continuará vigilante, podendo ajustar a política monetária no futuro, caso necessário.

Mensagem do BC reforça estratégia de estabilidade

Na mensagem oficial, o BC afirmou que a estratégia de manter a Selic em 15% “já está em curso” e que isso é compatível com a condição de manter a inflação sob controle. O presidente da autoridade monetária, Gabriel Galípolo, reforçou que não há sinalizações de corte imediato e que os próximos passos dependerão do cenário econômico.

Expectativas de mercado e fatores internos

De acordo com pesquisa do Valor Pro, 110 das 112 instituições financeiras consultadas previam estabilidade da taxa nesta reunião, enquanto duas instituições aguardavam um corte de 0,25 ponto percentual, para 14,75% ao ano. O debate sobre início de um ciclo de redução de juros ainda fica entre previsão em janeiro ou março de 2026.

O BC também considerou outros fatores para a decisão: a inflação, que vem cedendo lentamente, a resiliência do mercado de trabalho, com queda da taxa de desemprego para 5,4%, e as expectativas de inflação que ainda estão acima da meta de 3,0%, embora tenham apresentado recuo.

Perspectivas para a política monetária

Apesar do consenso de estabilidade, o BC sinalizou que pode reverter ou ajustar sua postura futuramente, especialmente se as expectativas de inflação se consolidarem ou se o cenário externo se deteriorar. A inflação medida pelo IPCA de novembro ficou dentro do intervalo meta, em 4,46%, um avanço relevante após meses de resistência fora do objetivo.

O Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre também reforça a confiança na desaceleração da atividade econômica, registrando alta de apenas 0,1%. Além disso, a redução dos juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) contribui para uma leitura mais favorável do cenário externo.

Impactos futuros e cenário externo

Analistas avaliam que a manutenção da taxa Selic por mais tempo ajuda a evitar riscos de inflação mais alta, apesar das pressões externas, como a recente valorização do dólar, especialmente após o anúncio da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ao Palácio do Planalto. Fonte: O Globo

O Banco Central sinaliza que o ciclo de alta dos juros se mantém suspenso por enquanto e que qualquer alteração dependerá do avanço das metas inflacionárias e do desempenho da economia. A expectativa é de que o foco continue na contenção da inflação, com sinais de que os efeitos da política monetária já começam a aparecer na economia real.

Para mais informações, acesse a matéria completa no site do Globo.

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