Brasil, 24 de dezembro de 2025
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Banco Central mantém juros em 15% e projeta melhora nas expectativas de inflação

O Banco Central decidiu nesta quarta-feira (10) manter a taxa básica de juros em 15% ao ano, apesar de suas projeções indicarem uma melhora nas perspectivas de inflação nos próximos anos. A decisão veio acompanhada de uma leve revisão para baixo nas projeções de IPCA, refletindo maior otimismo com o controle de preços e o cenário econômico.

Projeções de inflação mostram avanço na confiança do BC

Segundo o relatório divulgado pelo BC, o IPCA projetado para o “horizonte relevante” de política monetária passou de 3,6% para 3,5% em 2026, enquanto a previsão para o segundo trimestre de 2027 foi revisada de 3,3% para 3,2%. Essas projeções indicam que as medidas adotadas pelo banco têm potencial para controlar a inflação de forma mais eficaz, mesmo com a meta oficial de 3% ainda fora de alcance.

Sinalização de possível início de corte na Selic

Embora o comunicado oficial tenha reforçado a decisão de manter a taxa em 15%, o cenário indica uma eventual redução de juros no médio prazo. De acordo com especialistas, a aproximação das projeções de inflação da meta reforça a possibilidade de início de um ciclo de cortes na Selic, o que contribuiria para estimular a recuperação econômica.

Mensagem de cautela diante do cenário político e cambial

O Banco Central reforçou que ainda mantém uma postura de cautela, especialmente diante de incertezas políticas e da volatilidade do mercado de câmbio. O BC destacou a preocupação de evitar ações que possam gerar instabilidade cambial, como a saída do controle na taxa de câmbio, principalmente em um momento de alta incerteza devido às recentes mudanças na legislação do Imposto de Renda.

Expectativas de melhora nas condições do mercado financeiro

Apesar da expectativa de redução de juros, o banco sinalizou que ainda deseja uma melhora mais substancial nas expectativas de inflação do mercado financeiro, que atualmente ainda estão próximas do limite de tolerância de 4,5%, muito acima da meta de 3%. O desempenho do dólar e a estabilidade cambial continuam entre as prioridades do colegiado.

Perspectivas para o setor produtivo e o governo

A expectativa do setor produtivo é de que o ciclo de cortes na Selic se inicie em breve, como afirmou recentemente o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban. O governo, por sua vez, monitora de perto a atividade econômica e os efeitos das altas taxas de juros, preocupando-se com o impacto no emprego e na arrecadação, especialmente em ano eleitoral.

Apesar do cenário de incerteza, a sociedade conta com o suporte de medidas fiscais, como a isenção do Imposto de Renda para rendas de até R$ 5 mil, que ajudam a amortecer uma possível retração econômica.

Resultados positivos após o período de turbulências

Após um ciclo turbulento no último ano, marcado por fatores externos desfavoráveis e instabilidades fiscais, o Banco Central conseguiu estabilizar a economia, valorizando o real e contribuindo para a queda da inflação. Além disso, o país mantém níveis de desemprego relativamente baixos, o que reforça a resiliência da economia brasileira.

Olhando à frente

O BC continuará atento aos dados econômicos para ajustar sua política monetária conforme necessário. A decisão clama por uma postura de cautela diante das incertezas e a expectativa de que novas sinalizações sobre a eventual redução na taxa de juros possam ser divulgadas nos próximos meses.

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