Brasil, 22 de dezembro de 2025
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Avaliação do STF e Congresso se mantém estável, diz Datafolha

No cenário político brasileiro, a avaliação do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional permaneceu estável entre julho e dezembro de 2025, conforme revelou uma nova pesquisa do Datafolha divulgada na noite desta terça-feira. Os resultados capturam a percepção dos entrevistados após o polêmico julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado pela trama golpista, e o andamento da proposta de emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, que buscava expandir a proteção de parlamentares contra investigações.

Avaliação do STF segundo a pesquisa Datafolha

De acordo com os dados da pesquisa, 35% dos entrevistados consideram que os ministros do STF realizam um trabalho ruim ou péssimo, uma leve queda em relação aos 36% registrados em julho. Em contrapartida, 32% dos respondentes avaliam o trabalho dos ministros como bom ou ótimo, uma alta de três pontos percentuais em comparação ao levantamento anterior, onde esse percentual era de 29%. Além disso, a porcentagem de pessoas que classificam a atuação do STF como regular diminuiu de 31% para 29%.

Os números do Datafolha também apontam uma tendência de alta na avaliação positiva do STF desde julho de 2022. Naquela época, apenas 23% dos entrevistados consideravam o trabalho dos ministros como ótimo ou bom, enquanto 33% opinaram que era ruim ou péssimo.

Perfil dos avaliadores do Supremo

A pesquisa revelou que a avaliação do STF é percebida de forma mais positiva entre os entrevistados na faixa etária de 45 a 59 anos (38%), aposentados (39%), pessoas com menos instrução (40%) e católicos (38%). Os simpatizantes do Partido dos Trabalhadores (PT) mostraram-se os mais favoráveis, com 63% considerando a atuação do STF positiva. Aqueles que avaliam o governo Lula como ótimo ou bom alcançaram 68% de aprovação, e entre os que estão satisfeitos com o desempenho do Congresso, o percentual foi de 60%.

Em contraste, a avaliação negativa do STF se destaca entre homens (41%), pessoas mais escolarizadas (43%), indivíduos com renda familiar acima de cinco salários mínimos (48%) e empresários (58%). Os críticos mais ferrenhos vieram de simpatizantes do PL (87%) e de aqueles que veem o governo Lula de forma negativa (72%).

Avaliação do Congresso Nacional

A pesquisa também abordou a percepção em relação ao Congresso Nacional, que apresentou uma leve queda na classificação negativa, passando de 35% para 31% entre os que consideram a atuação dos parlamentares ruim ou péssima. O levantamento revela que 44% dos entrevistados veem o Congresso de forma regular, enquanto 21% apontaram um desempenho ótimo ou bom, um aumento em comparação aos 18% do levantamento anterior.

Apesar das críticas geradas pela PEC da Blindagem, que foi arquivada após protestos, a avaliação do Congresso se mostrou melhor do que a da legislatura anterior. Em dezembro de 2021, somente 10% dos entrevistados consideravam o trabalho de senadores e deputados como ótimo ou bom.

Críticos do Congresso e demografia das avaliações

O Congresso é avaliado de forma mais favorável entre mulheres (24%), pessoas com menos instrução (26%) e moradores do Nordeste (25%). A classe de donas de casa obteve uma aprovação de 28%, enquanto os que consideram o governo Lula bom ou ótimo possuem uma aprovação de 35%.

Em contrapartida, críticos do Congresso incluem homens (36%), os mais escolarizados (40%) e aqueles com renda acima de dez salários mínimos (48%). Moradores de regiões metropolitanas também se mostraram insatisfeitos, com 36% considerando a atuação dos deputados e senadores insatisfatória.

Metodologia da pesquisa

Para realizar esta nova pesquisa, o Datafolha entrevistou 2.002 pessoas com 16 anos ou mais em 113 municípios do Brasil, entre os dias 2 e 4 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com um nível de confiança de 95%.

Esses resultados refletem a complexa relação entre a população e suas instituições, especialmente em um momento político tão conturbado e repleto de desafios. As avaliações do STF e do Congresso, embora estáveis, evidenciam a polarização e a desconfiança que permeiam o cenário político nacional.

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