A pesquisa realizada pelo Ipsos-Ipec e divulgada nesta terça-feira revela que a avaliação do governo Lula continua polarizada entre os eleitores brasileiros. Com 40% dos entrevistados classificando a gestão como ruim ou péssima, e 30% atribuindo uma avaliação positiva de ótima ou boa, o cenário político brasileiro permanece tenso e instável.
Avaliação do governo se mantém estável
Segundo os dados, o índice de avaliação positiva se manteve inalterado em relação à pesquisa anterior, realizada em setembro. No entanto, o número de pessoas que considera o governo negativo subiu de 38% para 40%, enquanto a fatia da população que vê a administração como regular caiu de 31% para 29%. Vale ressaltar que essas variações estão dentro da margem de erro da pesquisa, que foi de dois pontos percentuais.
Perfil dos eleitores: quem apoia e quem critica
O levantamento também detalha o perfil dos eleitores que avaliam a gestão de maneiras distintas. A aprovação é mais significativa entre aqueles que votaram no presidente Lula nas últimas eleições, com 62% de avaliação positiva, e nos moradores da região Nordeste, onde 41% veem a gestão de forma otimista. O apoio também se estende a eleitores com menor nível de escolaridade, que correspondem a 39%, e aqueles com renda familiar de até um salário mínimo, com 40% de avaliação positiva.
Por outro lado, a rejeição é mais robusta entre os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro, com 67% considerando a gestão negativa, e são predominantemente da região Sul, onde 51% dos entrevistados se mostram críticos. Indivíduos com renda média e católicos também compõem grupos significativos de desaprovação, com 53% e 47% de avaliações negativas, respectivamente.
Aprovação e desaprovação do presidente
No que diz respeito à aprovação da atuação do presidente, as variações foram modestas. A taxa de aprovação caiu de 44% para 42%, enquanto a desaprovação aumentou ligeiramente, passando de 51% para 52%. Um pequeno grupo de 6% dos eleitores optou por não responder à pergunta sobre a gestão do presidente. A confiança do eleitor no chefe do Executivo também apresentou leve queda, de 41% para 40%, enquanto a desconfiança se manteve alta, em 56%.
Considerações finais sobre a pesquisa
Os resultados da pesquisa Ipsos-Ipec refletem um panorama complicado para o governo Lula, onde a divisão de opiniões e a insatisfação de uma parte significativa da população podem impactar na governabilidade e nas políticas públicas a serem implementadas. O cenário político no Brasil será crucial para observar as futuras movimentações e a percepção contínua dos cidadãos sobre a administração federal.
Enquanto a pesquisa mostra uma ligeira estabilidade, os desafios continuam, e a resposta do governo às reivindicações e insatisfações da população será fundamental para reverter a percepção negativa que ainda permeia seu governo. O foco agora será entender como esses dados influenciam o governo e a sociedade como um todo, sempre na busca por um diálogo que promova a inclusão e a escuta das diferentes vozes dentro do país.
