Brasil, 9 de dezembro de 2025
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Adilsinho tem mandado de prisão expedido por morte no Rio

Adilson Oliveira Coutinho Filho, conhecido como Adilsinho, novamente é alvo da Justiça. Recentemente, um novo mandado de prisão foi expedido contra ele pela morte de Fábio de Alamar Leite, um crime que, segundo as investigações, foi motivado pela disputa na venda ilegal de cigarros no Rio de Janeiro. Este assassinato ocorreu na porta de um cemitério, enquanto Fábio saía do enterro de um ex-sócio. A polícia acredita que ele tenha sido eliminado por integrantes da mesma organização criminosa que Adilsinho lidera.

Histórico criminal de Adilsinho

Atualmente foragido, Adilsinho já possui outros dois mandados de prisão. Na Justiça Federal, ele é definido como o chefe da máfia dos cigarros, enquanto na Justiça do Rio responde como mandante de assassinatos ligados a rivalidades no Jogo do Bicho. As investigações revelam também que ele pode estar envolvido em outras mortes, aumentando sua lista de crimes. A defesa dele, até o momento, não se manifestou.

O império do tráfico de cigarros

De acordo com as apurações feitas pela Polícia Federal, Adilsinho e sua quadrilha estabeleceram parcerias com milicianos e traficantes entre os anos de 2018 e 2024. O objetivo era se tornar a única fornecedora de cigarros ilegais em todo o Estado do Rio. Esse esquema lucrativo estimou cerca de R$ 350 milhões, com dinheiro proveniente principalmente do tráfico e da extorsão, onde os criminosos pagavam taxas aos milicianos para garantir a venda do cigarros ‘Gift’, fabricado em locais clandestinos.

Parcerias criminosas

Através de um sistema conhecido como “ganha-ganha” ou “mercantilismo de cooperação”, a máfia dos cigarros manteve uma relação muito lucrativa com outras facções, garantindo um monopólio baseado no medo e na violência. A polícia identificou pelo menos 27 crimes violentos que foram realizados para assegurar esse controle, incluindo assassinatos de rivais e execuções de ex-parceiros. A situação é alarmante e reflete a complexa rede de relações entre crime organizado e a sociedade no Rio de Janeiro.

Impactos e repercussões

As consequências desse envolvimento criminoso são vastas. Inúmeras localidades do estado estão sob controle da máfia do cigarro, afetando seriamente o comércio local e a segurança pública. De acordo com dados da Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), de 2018 a 2023, o mercado de cigarros falsificados deixou de pagar R$ 10 bilhões em impostos no Brasil, com mais de R$ 2 bilhões apenas no Rio de Janeiro.

O futuro de Adilsinho e suas operações

A perseguição a Adilsinho e a sua quadrilha tem sido intensa, com policiais realizando operações constantes para prendê-los. Contudo, a situação é complicada pela rede de aliados que ele formou com outros criminosos. O fato de Adilsinho estar foragido, além dos mandados de prisão já existentes, aumenta a necessidade de um esforço concentrado das autoridades para desmantelar essa organização.

O cenário atual do tráfico de cigarros no Rio de Janeiro é preocupante e exige um olhar atento da sociedade e das autoridades. A relação entre crime e política, assim como a participação de agentes da segurança pública, demonstra a profundidade do problema. A luta contra a máfia dos cigarros é crucial para restaurar a ordem e a segurança no estado, sendo essencial que as ações continuem firmes e eficazes.

As investigações ainda estão em andamento, e a população aguarda por respostas sobre como a Justiça irá lidar com mais esse caso que reflete a violência e a corrupção presentes em várias esferas da sociedade carioca.

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