Brasil, 8 de dezembro de 2025
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Viagem de Toffoli em jatinho relacionado a empresário envolvido no caso Banco Master

A viagem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, ao Peru, para acompanhar a final da Copa Libertadores, envolvendo o empresário Luiz Osvaldo Pastore no jatinho que transportou Toffoli e o advogado Augusto Arruda Botelho, reabre debates sobre possíveis conexões entre políticos e empresários ligados a processos no tribunal. O deslocamento ocorreu poucos dias antes de Toffoli assumir decisões relevantes relacionadas ao caso no STF.

Empresário com influência no meio político e jurídico

Pastore, de 75 anos, é um empresário paulista radicado no Espírito Santo, com atuação nos setores de importação, indústria e administração de imóveis. Apesar da relativa baixa exposição pública, possui forte influência no meio empresarial e político. Em 2022, declarou um patrimônio superior a R$ 450 milhões. Procurado, ele não se pronunciou aos contatos feitos pela reportagem, enquanto Toffoli e Botelho optaram por não se manifestar.

Trajetória política do empresário

O envolvimento de Pastore com o Congresso Nacional foi marcado por passagens como suplente no Senado, inicialmente em 1994, como primeiro suplente de Gerson Camata (MDB-ES), assumindo posteriormente o mandato entre 2002 e 2003. Reassumiu o cargo em 2014, ao se tornar suplente da então senadora Rose de Freitas (MDB-ES), ocupando a cadeira também em 2019 e 2022 em licenças da titular.

Participação em campanhas eleitorais

Em 2022, Pastore transferiu seu domicílio eleitoral para o Distrito Federal e candidatou-se a suplente da então ministra Flávia Arruda, que disputou o Senado. Na ocasião, foi seu principal doador, com R$ 380 mil destinados à campanha. A relação de Flávia Arruda com o empresário inclui um relacionamento afetivo com Augusto Lima, sócio do Banco Master, que também foi alvo de investigação.

Revelação da viagem e suas implicações

A presença de Toffoli e Botelho no voo de jatinho de Pastore foi revelada pelo colunista Lauro Jardim, do Globo. A viagem ocorreu horas antes de um recurso protocolado no STF por Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, ser distribuído ao gabinete do ministro por sorteio. Poucos dias após o retorno ao Brasil, Toffoli tomou medidas que envolveram o caso, retirando a investigação de instância inferior e determinando sua supervisão pelo STF, além de impor sigilo ao processo.

Reações e versões oficiais

Amigos e interlocutores de Toffoli afirmam que o ministro mantém uma amizade antiga com Pastore, e que a viagem foi organizada semanas antes do protocolo do recurso pelos advogados de Vorcaro. Segundo essas fontes, o processo ainda não havia chegado ao gabinete de Toffoli no momento do deslocamento. Toffoli e Botelho não se pronunciaram oficialmente sobre o episódio.

Análise e possíveis impactos

Especialistas apontam para a importância de monitorar a relação entre empresários influentes e integrantes do judiciário, sobretudo em casos de grande repercussão como o do Banco Master. A proximidade do ministro com indivíduos ligados à investigação levanta questionamentos sobre a transparência e a ética na condução de processos sensíveis no STF.

A revelação aumenta o debate sobre o papel de relações pessoais na fiscalização judicial e sociedade acompanha de perto os desdobramentos do caso, que podem influenciar a credibilidade do tribunal e o cenário político nacional.

Mais informações podem ser acessadas na reportagem original pelo link O Globo.

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